Proibido de sair de casa aos finais de semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhou por videochamadas parte dos atos que aconteceram em várias cidades do país na manhã deste domingo (3/8). Em vídeos divulgados por sua equipe, Bolsonaro aparece nos arredores da piscina de sua casa, em Brasília, conversando com sua base. As imagens mostram o ex-presidente usando uma camisa nas cores verde e amarelo e uma bermuda, peça que deixou à mostra a tornozeleira eletrônica que utiliza. Uma das ligações por vídeo foi feita com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que participou do protesto em Belém (PA). Outra, com aliados em Salvador (BA), que deram espaço para que o ex-presidente se manifestasse. “Não posso falar não. Um abraço, Bahia. Um bom dia para vocês”, respondeu, no vídeo.
Outro material mostra Bolsonaro em videochamada com aliados que conduziram a manifestação em Brasília, como a deputada federal Bia Kicis (PL-DF). “Ele está acompanhando todos nós”, disse Kicis ao público com um celular nas mãos. “Presidente, o nosso abraço. Nós te amamos", completou, na ligação.
Divulgado pela equipe do ex-presidente, o material foi publicado nas redes sociais do líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ). “Moraes é um ditador que mantém Bolsonaro praticamente em prisão domiciliar! Estamos com você, [ex-]presidente”, escreveu.
Entenda as cautelares impostas pelo STF a Bolsonaro
Jair Bolsonaro foi alvo de medidas cautelares impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em 18 de julho. As ordens foram, depois, referendadas pela Primeira Turma da Corte.
Além de usar tornozeleira eletrônica, ele deve cumprir recolhimento domiciliar entre 19h e 6h em dias úteis e está proibido de sair de casa aos finais de semana e feriados. Além disso, não pode usar redes sociais, seja por seus próprios perfis ou pela instrumentalização de perfis de aliados.
A exposição do ex-presidente por aliados em plataformas digitais após a imposição das cautelares já foi vista como descumprimento por Moraes, que decidiu manter as restrições, mas ameçou decretar prisão se a conduta for repetida. Na mesma ocasião, o ministro do STF esclareceu que o ex-presidente não está impedido de conceder entrevistas ou de fazer discursos públicos.
As ordens ainda determinam que o ex-presidente também não pode se aproximar de embaixadas e consulados ou manter contato com representantes desses órgãos, assim como falar com outros investigados.
As cautelares foram impostas porque, de acordo com Moraes, houve coação na tentativa de buscar sanções do governo dos Estados Unidos a autoridades que conduzem a ação penal de golpe de Estado, que tem Bolsonaro como réu. O ministro alegou que o ex-presidente atuou nesse sentido junto a um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA desde março.
Os atos deste domingo foram convocados em apoio a Bolsonaro e contra Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A anistia aos réus e condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 também entrou na pauta da oposição nas manifestações.
Assessoria/Lucyenne Landim/Caminho Político
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