sábado, 9 de agosto de 2025

Procuradoria Especial da Mulher da ALMT homenageia mulheres vítimas de feminicídio em ato simbólico

Por meio da Procuradoria Especial da Mulher, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) promoveu a ação na manhã desta sexta-feira (8)como parte da campanha Agosto Lilás, voltada ao enfrentamento à violência contra as mulheres e conscientização a respeito do problema. O ato simbólico reuniu, além de autoridades, familiares de vítimas de feminicídio e pessoas que compartilharam relatos de abusos sofridos e presenciados. Entre os presentes, estava Sandra Cattani, mãe de Raquel Cattani, jovem de 26 anos assassinada em julho do ano passado em Nova Mutum, a mando do ex-marido, conforme a investigação policial. “A violência contra a mulher começa dentro da própria casa. Pode começar com um xingamento, uma agressão psicológica. Isso vai tomando força, começam os tapas, a agressão. Isso não pode mais acontecer. A mulher tem de procurar ajuda. Aqui em Cuiabá agora temos a Procuradoria da Mulher da Assembleia. Então, é muito importante que as vítimas busquem esses canais de atendimento”, afirmou Sandra Cattani. A deputada Janaina Riva (MDB), ressaltou que é necessário buscar alternativas para combater esse tipo de violência. “O desafio é entender qual é o caminho para corrigir essa violência tão grande de homens contra mulheres. Aqui nós ouvimos diversas opiniões e o que é unânime é que precisamos nos preparar para o futuro, ensinar as novas gerações a respeitarem as meninas e as mulheres. Eu não acho que o problema neste momento sejam as penas dos crimes, até porque as penas foram aumentadas e os crimes aumentaram junto com elas”, avaliou. A subprocuradora da Mulher, Francielle Brustolin, reforçou a posição da parlamentar. “A Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa acredita muito no poder da mudança de mentalidade através da educação. Isso também acontece em eventos que trazem a temática para ser debatida, seja pelo poder público, pelos participantes e também por toda a comunidade que é envolvida”, declarou. Na mesma linha, argumentou a defensora pública-geral do estado, Luziane Castro. “Esse é um ato simbólico, mas de grande representatividade, especialmente em Mato Grosso, que ainda registra números extremamente desagradáveis, que fazem o estado ser campeão em feminicídio. São marcos que reforçam a importância de discutir diariamente a violência contra a mulher. Não é apenas um mês: precisamos falar sobre isso todos os dias, especialmente no que se refere à educação e à formação de jovens e crianças, para que possamos mudar esse cenário e essa cultura, e acabar com essa triste realidade em nosso estado”, concluiu.
Assessoria/Caminho Político
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