Com Alckmin, ato em SP tem mote anti-anistia e alerta sobre Senado em 2026

Políticos de partidos de esquerda e de centro, artistas e autoridades do governo federal participaram nesta segunda-feira (15) de um ato "em defesa do Estado Democrático de Direito e contra o avanço da extrema direita". Promovido pelo grupo Direitos Já!, o ato teve a leitura de um manifesto que exaltou a Justiça brasileira em relação ao julgamento dos envolvidos numa tentativa de golpe de Estado e pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O documento também faz apelo contra bolsonarismo em meio à postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre situação jurídica de Jair Bolsonaro (PL).

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), em referência a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto à Casa Branca, disse que "o clã Bolsonaro atua contra o interesse do povo brasileiro".

“Mesmo fora do governo, continuam trabalhando contra o interesse do povo brasileiro, lá fora, espalhando fake news, para prejudicar o emprego e as empresas no Brasil. Por isso, temos muito a celebrar. Não pode haver delito maior para um político do que tramar contra a democracia brasileira. Fez muito bem o Poder Judiciário. A Constituição brasileira estabelece claramente os Três Poderes, independentes. E a ordem da Constituição é Legislativo, Executivo e Judiciário”.

O sociólogo e coordenador do grupo Direitos Já!, Fernando Guimarães, clamou pela união de partidos pela construção de candidaturas democráticas para enfrentar candidatos de extrema direita nas eleições ao Senado em 2026.

“Nós precisamos escolher dois candidatos. A extrema direita já colocou suas cartas na mesa: eles vão colocar um candidato que representará aquele cão fascista, que vai para as urnas cumprir esse papel. E vão colocar nas urnas também um que coma de garfo e faca, para tentar buscar o voto dos desinformados, aqueles que acham que cumprem um papel de centro, quando não cumprem”, declarou.

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), participou apenas do início do evento. Ele gravou um vídeo em apoio ao movimento.

“Raramente vivemos um momento tão difícil nesses 40 anos de democracia. Mas, as instituições têm sabido ser resilientes, e é fundamental o apoio da sociedade civil ao Supremo e a todas as instituições nacionais”, afirmou Gilmar.

Também estiveram presentes Josué Gomes, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo); Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social; Edinho Silva, presidente do PT (Partido dos Trabalhadores); Du Altimari, ex-prefeito de Rio Claro (SP), o presidente do MDB, Baleia Rossi; o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu; e José Aníbal, representando o PSB.

Assessoria/Bruno Teixeira/Caminho Político

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