O Ministério Público Eleitoral do Ceará (MP-CE) se manifestou, nesta terça-feira, 9, sobre o pedido de prisão preventiva do ex-governador e vice-presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ciro Gomes. Embora tenha descartado a prisão, o órgão defendeu que a Justiça Eleitoral adote medidas cautelares, incluindo a proibição de contato entre Ciro e a prefeita de Crateús, Janaína Farias. O pedido inicial de prisão preventiva foi feito pela Advocacia do Senado Federal, mas foi rejeitado pela promotoria. Em vez disso, o MP considerou que há elementos suficientes para a aplicação de medidas alternativas à prisão, como o comparecimento periódico em juízo para informar e justificar suas atividades.
A promotora de Justiça Grecianny Carvalho Cordeiro afirmou que estão presentes os requisitos legais para medidas cautelares, devido à “continuidade delitiva do crime atribuído ao denunciado”. No entanto, o juiz responsável pelo caso ainda não analisou os pedidos.
A investigação aponta que Ciro Gomes teria praticado violência política de gênero contra Janaína Farias, durante declarações feitas em abril de 2024, quando ela ocupava interinamente o mandato no Senado Federal, substituindo o ministro Camilo Santana.
Defesa nega violência política de gênero
A defesa de Ciro Gomes criticou a atuação da Advocacia do Senado, afirmando que o pedido de prisão representa uma tentativa de censura prévia às manifestações do réu. Os advogados sustentam que não há elementos atuais que evidenciem perigo concreto contra Janaína Farias.
Eles também negaram que tenha havido violência política de gênero, argumentando que as declarações de Ciro tiveram como alvo a conduta política de Camilo Santana, e não a prefeita de Crateús.
Assessoria/Bruna Rocha/Caminho Político
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