“Chorai com os que choram e regozijai-vos com os que se alegram” Romanos 12:15. Olá, amigas e amigos, como cristãos formamos uma grande comunidade de fiéis ao redor do mundo, mais de 2,64 bilhões de pessoas, sendo 1,4 bilhão de católicos e católicas, tendo como elemento que nos identifica e nos une como irmãos e irmãs, além de nossa fé, nossa caminhada unida por uma Igreja Sinodal, Samaritana e Profética. Como cristãos, somos chamados, vocacionados e predestinados a curar as dores do mundo, e isto envolve diferentes formas de praticarmos nossa fé em Cristo Ressuscitado, tanto por nossas orações quanto por nossas ações sociotransformadoras e de mobilização profética, por meio das ações pastorais.
Da mesma forma que na Igreja primitiva São Paulo, na Carta aos Romanos, exorta os cristãos daquela época, que viviam em um território determinado, a serem solidários entre si, apoiando uns aos outros, tanto na alegria quanto no sofrimento; também hoje, no mundo todo e em nossas Igrejas locais, precisamos cultivar a fraternidade, a solidariedade, o amor verdadeiro ao nosso próximo, o profetismo e a esperança.
Por isso, a evangelização, inclusive por meio das ações das diversas pastorais, é importante como nossa característica identitária em todas as dimensões da vida, presentes em todas as obras da Criação, cujo Tempo da Criação estamos celebrando até o próximo dia 04 de Outubro, Dia de São Francisco de Assis, o Padroeiro da Ecologia Integral.
Como irmãos e irmãs, unidos e unidas em uma Igreja que também coloca o Cuidado com a Ecologia Integral, chamando-nos à responsabilidade em relação à necessidade de uma conversão ecológica individual e também comunitária, em que a Pastoral da Ecologia Integral cumpre ou deve cumprir um papel fundamental que demonstre nossa responsabilidade como cristãos católicos.
Há aproximadamente dois meses e meio, nos dias 22 e 23 de junho último (2025), quatro pessoas, integrantes da PEI da Arquidiocese de Cuiabá: Olindina Bezerra (nossa Coordenadora da Pastoral da Ecologia Integral), Luiz Eduardo, Mônica Oliveira (Agentes da PEI) e eu, Juacy (Articulador e Assessor), estivemos, a convite do Pe. Divino, Coordenador de Pastorais Sociais da Diocese de Primavera do Leste/Paranatinga, assessorando uma formação para capacitar agentes que pudessem organizar e coordenar a Pastoral da Ecologia Integral naquela Diocese. Há alguns dias, o Pe. Divino solicitou-me informações e modelos de logomarca para a PEI; percebi que algo maravilhoso estava para acontecer e, realmente, aconteceu.
Hoje (04 de Setembro), em mensagem, o Pe. Divino informou-me o seguinte: “Já tivemos 2 reuniões para alinhar nossas atividades e marcar o dia oficial da criação da pastoral na paróquia para o dia 3 de outubro, na abertura da novena de Nossa Senhora Aparecida, e no dia 4, assumirmos, juntos com as pastorais sociais, a novena no Dia de São Francisco”.
Seguindo o conselho de São Paulo em sua Carta aos Romanos, estamos realmente felizes com os irmãos e irmãs da Diocese de Primavera do Leste/Paranatinga por esta notícia tão auspiciosa.
Mais uma Pastoral da Ecologia Integral está surgindo no território do Regional Oeste 2 da CNBB (MT), graças às “Sementes de Paz e de Esperança”, que temos semeado ao longo dos últimos cinco ou seis anos. Conforme o Papa Francisco escolheu para ser o tema do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação e do Tempo da Criação deste ano de 2025, e cuja mensagem para essas celebrações, voltada à ecologia integral, nos exorta a continuar como semeadores de paz no mundo – paz com a natureza e paz com a humanidade e entre os povos. Ou seja, substituirmos todas as formas de violência pela cultura da paz e, ao mesmo tempo, plantarmos também as sementes da esperança de um mundo mais humano, mais solidário, justo, inclusivo e sustentável.
Isto nos conforta e nos anima muito, principalmente por sabermos que, mesmo que “a messe seja grande e os trabalhadores, poucos”, com certeza o “Senhor da messe, o Criador” nos fortalece sempre, até mesmo nos momentos de tristeza, sofrimento e desânimo, para continuarmos nossa caminhada sempre confiantes, mesmo diante de tantos obstáculos, do negacionismo ecológico, às vezes presente até mesmo dentro da Igreja Católica ou das Igrejas Evangélicas e outras religiões. Sabemos que cada semente de paz, de esperança e de libertação que plantarmos, se caírem “em solo fértil”, se conseguirmos despertar a consciência ecológica individual e comunitária, com certeza, dentro de algum tempo, a PEI estará presente em muitas, ou talvez na maioria esmagadora, das Arquidioceses, Dioceses, Prelazias, Paróquias e Comunidades Eclesiais deste nosso imenso Brasil, que continua enfrentando tantas agressões à ecologia integral, incluindo a natureza e os seres humanos.
Com certeza, a Igreja (composta pela hierarquia eclesiástica e pelos fiéis, leigos e leigas engajados/engajadas, ou seja, o Corpo de Cristo) estará na linha de frente, cumprindo o seu papel, sendo “Sal da terra e Luz do mundo” nesta cruzada em prol da Casa Comum, da Ecologia Integral, da saúde do planeta e da Justiça Social.
Juacy da Silva, professor fundador, titular e aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em Sociologia, ambientalista e articulador da Pastoral da Ecologia Integral. Email: profjuacy@yahoo.com.br Instagram: @profjuacy WhatsApp: 65 9 9272 0052
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