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segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Servidores públicos de Mato Grosso protestam contra arrocho e desmonte do Estado

Centenas de servidores públicos, em especial educadores do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), das 15 regionais no estado —, estudantes e representantes de movimentos sociais protestaram nesta segunda-feira (27/10), em Cuiabá, pelo pagamento do passivo de 19,52% da RGA e pela rejeição do projeto de Reforma Administrativa (PL 038/2025).
A manifestação começou na Praça Ipiranga, seguiu pela Prainha e pela Avenida Getúlio Vargas até a Praça Alencastro. Durante o percurso, trechos do manifesto contra a reforma foram lidos, alertando sobre os impactos da proposta para os servidores e para a população.O presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes, destacou que a valorização do funcionalismo público passa pela reposição imediata dos 19,52% da RGA.
“Queremos discutir, inclusive, o endividamento dos servidores públicos, que além da ausência da recomposição salarial estão sendo penalizados pelos consignados e os aposentados confiscados com 14% das aposentadorias. Essa é a pauta principal aqui em Mato Grosso”, afirmou.
A servidora pública da educação Daniela, do município de Arenápolis, participou da manifestação. Na oportunidade, destacou o quanto os serviços públicos são importantes para a sociedade e os prejuízos que a Reforma Administrativa pode trazer para os servidores e para o trabalho desenvolvido junto à população.
“Dentro desses impactos, a valorização salarial já tem sido atacada, em especial pelo governo do estado de Mato Grosso. A gratificação tem sido um processo imposto e que está adoecendo os trabalhadores, que precisam sobreviver e acabam reféns dessa política, à mercê do governo”, avaliou.
Segundo Henrique Lopes, a falta de pagamento não se deve à escassez de recursos, mas a uma questão de prioridade do governo. Ele lembrou que o governador declarou ser contra qualquer recomposição salarial, mesmo com margem para ampliar o gasto com pessoal até 49% da receita corrente líquida, atualmente em apenas 36%.
Com foco na defesa da educação pública, o dirigente também denunciou o fechamento de mais de 100 escolas no estado, enquanto milhares de alunos estão fora das salas de aula. Criticou ainda a entrega de novo hospital construído com recursos públicos à iniciativa privada, enquanto o governo defende o fechamento da tradicional Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá.
Às vésperas do Dia do Servidor Público, o movimento reforçou que os problemas enfrentados pelos serviços públicos não são causados pelos servidores, mas pelo descumprimento das políticas públicas.
O professor Cristiano, de Cuiabá, destacou a importância da mobilização e organização dos servidores públicos para enfrentar as reformas administrativas que ameaçam a estrutura do serviço público.
“Todos os servidores públicos, com destaque da educação pública, oferecida principalmente pelas redes municipal e estadual, precisam ser assegurados com qualidade, tanto em relação aos direitos salariais quanto aos direitos da população. Defender o serviço público é essencial para construir uma sociedade melhor e mais justa; por isso, é fundamental a união e resistência da categoria.”
“A proposta de Reforma Administrativa segue uma lógica que tenta reduzir o papel do Estado e enfraquecer o serviço público, apresentando cortes e restrições como se fossem modernização. Nossa manifestação hoje, e as caravanas que seguirão para Brasília, querem enviar um recado claro ao Congresso Nacional: somos contra qualquer medida que vise reduzir o papel do Estado”, concluiu Henrique Lopes.
Participaram da mobilização dirigentes e servidores da Federação dos Servidores Públicos de Mato Grosso (FEESP-MT), da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MT), do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep-MT), do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT), Sinpaig- MT, da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), além de representantes do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), estudantes da UFMT e da Unemat, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e militantes de Direitos Humanos.
Assessoria/Caminho Político
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