Em meio a um novo escrutínio sobre laços de Andrew com Jeffrey Epstein, governo britânico destitui último posto militar de Andrew, que também perdeu seus títulos de príncipe e duque de York. O ex-príncipe britânico Andrew deve ser destituído de sua última posição militar remanescente como parte da decisão do rei Charles 3° de afastar o irmão da vida pública, disse o ministro britânico da Defesa, John Healey, neste domingo (02/11).
Healey afirmou à BBC que estão em andamento medidas para retirar de Andrew o posto de vice-almirante da Marinha Britânica, e que Charles "indicou que é isso que deseja".
Na última quinta-feira, o rei já havia destituído o título de príncipe do irmão mais novo e o expulsou de sua residência real, o Royal Lodg, numa tentativa de evitar novos danos à reputação da família real devido aos laços de Andrew com o magnata e pedófilo condenado Jeffrey Epstein, assim como com um suposto espião chinês.
Em 2022, Andrew abriu mão de outras posições militares que acumulava, mas mantinha o posto de vice-almirante. Em 17 de outubro deste ano, anunciou que renunciará também a todos os seus títulos e honras reais, incluindo o de duque de York.
Ele nega "categoricamente" todas as acusações e afirma que a decisão prioriza seu "dever" para com a família e seu país, como fez há cinco anos, quando se retirou da vida pública.
Sanções consideradas "necessárias"
A distinção oficial do terceiro filho da rainha Elizabeth 2ª passará a ser, a partir de agora, "Andrew Mountbatten Windsor", detalhou o Palácio de Buckingham na última quinta-feira, que pela primeira vez omitiu a nomenclatura de príncipe.
De acordo com o comunicado, Andrew também deverá abandonar o atual contrato de aluguel da mansão Royal Lodge, nas proximidades do Castelo de Windsor (a sudoeste de Londres), que até agora lhe proporcionou "proteção legal" para continuar residindo lá. "Ele foi formalmente notificado de que deve renunciar ao contrato de aluguel e se mudará para outra acomodação privada", informou a Casa Real Britânica.
Da mesma forma, o texto explica que as sanções são consideradas "necessárias, apesar de Andrew continuar negando as acusações contra ele" pelos escândalos sexuais decorrentes de sua relação com Epstein.
O comunicado de Buckingham termina dizendo que o rei e a rainha da Inglaterra, Charles e Camilla, buscam assim "deixar claro que seus pensamentos e sua mais sincera solidariedade estão e continuarão estando com as vítimas e sobreviventes de qualquer forma de abuso".
Livro
Andrew fez o anúncio sobre a renúncia de títulos no momento em que circulam trechos do próximo livro de memórias póstumas de Virginia Roberts Giuffre, que alegou ter sido traficada por Epstein e forçada a fazer sexo com Andrew quando tinha 17 anos.
Entre os títulos aos quais ele renunciou estão também o de membro da Ordem da Jarreteira, mas ele pretendia manter o título de príncipe, já que é algo que obteve por nascimento, sendo o terceiro filho da falecida rainha Elizabeth 2ª.
Os anúncios representam o passo definitivo do monarca para desvincular completamente a figura de Andrew da coroa britânica. Nos últimos dias, a pressão sobre Charles aumentou ainda mais depois que vários deputados se mostraram dispostos a abrir um debate no Parlamento sobre a conduta de Andrew e a possibilidade de retirar seus títulos.
Sua ex-esposa, Sarah Ferguson, também não continuará usando o título de duquesa de York, mas suas filhas, Beatriz e Eugenia, manterão o título de princesas, de acordo com a imprensa britânica.
Andrew já havia sido destituído de seus títulos militares e de suas afiliações a instituições de caridade, além de ter sido proibido de usar a honraria de "Vossa Alteza Real".
md/cn/gq (EFE, DW, Reuters)Caminho Político
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