Milhares de estudantes e manifestantes ocuparam a Avenida Paulista neste domingo em um ato marcado por emoção, palavras de ordem e bandeiras coloridas. O protesto, convocado por entidades estudantis e movimentos sociais, teve como principal pauta a defesa da democracia e a celebração da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, detido na Penitenciária da Papuda após decisão judicial. Desde as primeiras horas da tarde, a avenida foi tomada por faixas com frases como “O povo não compactua com golpistas” e “Democracia sempre”. O clima era de festa, mas também de reafirmação política. Para muitos jovens, o momento simboliza o fechamento de um ciclo de resistência iniciado ainda em 2018, com o movimento #EleNão, que mobilizou milhões de mulheres e estudantes contra o avanço do extremismo no país.
Durante o ato, lideranças estudantis relembraram as mobilizações que marcaram os últimos anos, como os Tsunamis da Educação, em 2019, e as manifestações em defesa da ciência e da saúde pública durante a pandemia. Segundo os organizadores, essas lutas foram fundamentais para manter viva a chama da democracia em tempos de ataques às instituições.
“Hoje é um dia histórico. Lutamos muito para que a justiça prevalecesse e para que o Brasil voltasse a acreditar na força das ruas”, afirmou Ana Beatriz Santos, representante da União Nacional dos Estudantes (UNE). Ela destacou que a juventude foi linha de frente na resistência ao bolsonarismo e continuará vigilante para impedir retrocessos.
O ato também contou com apresentações culturais, performances artísticas e discursos de parlamentares e militantes de diferentes partidos e movimentos. Em meio a tambores, cartazes e cânticos, o sentimento predominante era de alívio e esperança.
Para os manifestantes, a prisão de Bolsonaro representa não apenas a responsabilização de um ex-presidente, mas um marco simbólico de que o país não tolerará mais ataques à democracia. “A justiça chegou, e o povo está nas ruas para mostrar que o Brasil quer seguir em frente”, disse o estudante de história Lucas Ferreira.
A manifestação terminou no início da noite, com um grande coro entoando “Sem anistia” e “Democracia, sim!”. Mesmo após o encerramento oficial, grupos permaneceram na avenida, celebrando e relembrando os anos de luta.
O ato na Paulista reforçou o papel histórico dos estudantes como protagonistas das transformações sociais no Brasil. Em um país que ainda enfrenta desafios políticos e econômicos, a mobilização popular segue sendo um instrumento essencial para garantir que a democracia continue viva e fortalecida.
Régis Oliveira/Caminho Político
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