CAMINHO DO ESPORTE F1 GP de São Paulo: Norris ameaça o Campeonato Mundial e Verstappen fica aquém em Interlagos.

Sétima vitória do ano para o britânico, à frente de Antonelli e 'Mad Max', que largou dos boxes. Ele fez isso sem esforço, como se não tivesse exorcizado tantos demônios de uma só vez. Lando Norris garantiu sua sétima vitória do ano em Interlagos, a segunda consecutiva, consolidando sua liderança no Campeonato Mundial, onde agora tem uma vantagem de 24 pontos sobre Oscar Piastri , que terminou em quinto. Tão substancial quanto essa vantagem é sua liderança de 49 pontos sobre Max Verstappen , que ficou em terceiro. O holandês, que largou dos boxes , teve um desempenho notável ao longo de 70 voltas, embora na última volta não tenha conseguido se livrar de Andrea Antonelli .

Foi mais um domingo fabuloso para Norris e um desastroso para Piastri, o yin e yang da McLaren. Enquanto o britânico avançava tranquilamente para a frente, sem se deixar abalar pela turbulência, o australiano lutava atrás, carregando uma penalização de 10 segundos por uma manobra perigosa à frente de Antonelli. Alheio a qualquer disputa, concentrado em sua missão, Verstappen fez tudo ao seu alcance, forçando manobras que só ele consegue executar com tanta maestria. Mesmo assim, ele deixa São Paulo sabendo que seu sonho do quinto título se desfez.

A Red Bull tentou quebrar o regime de parque fechado com o RB21 de Mad Max , introduzindo mudanças no motor e na configuração aerodinâmica. Sem margem para erros, em uma situação desesperadora, o heptacampeão foi levado a um feito semelhante ao da sua vitória em 2024, saindo da décima sétima posição no grid até a linha de chegada. Ele não conseguiu repetir o feito, mas o espetáculo valeu a pena.

Ótima jogada contra Russell

A superioridade de Norris tornou-se evidente num momento crítico. Foi na volta 33, quando, após sua primeira parada nos boxes, uma sequência caótica de eventos o colocou atrás do holandês, seu principal rival. Naquele instante crucial, Lando executou uma ultrapassagem impecável usando o DRS na reta de chegada. Ele havia completado 20 voltas com pneus macios, sem incidentes. Seu ritmo parecia impossível de ser acompanhado pela Mercedes.

Em sua arrancada fulminante, Verstappen assumiu brevemente a liderança logo após Norris fazer sua segunda e última parada nos boxes na volta 51. Ele também presenteou o público com uma ultrapassagem espetacular sobre George Russell , um de seus alvos favoritos, a oito voltas do fim. Seu desempenho impressionante e imenso talento contrastavam fortemente com o que acontecia na outra garagem da Red Bull. Após um contato com Lance Stroll nas voltas iniciais, Yuki Tsunoda recebeu uma penalidade de 10 segundos. Como o piloto japonês não cumpriu a penalidade corretamente, os comissários tiveram que dobrá-la.

Os incidentes se sucederam rapidamente desde o início, para grande desgosto da Ferrari. Lewis Hamilton colidiu com Tsunoda antes de bater sua asa traseira contra o Alpine de Franco Colapinto . O único alívio para o heptacampeão foi que, antes do final da primeira volta, Gabriel Bortoleto também perdeu o controle de Stroll, provocando a entrada do primeiro safety car da tarde. O herói local havia perdido o controle de seu Sauber na curva 10 após sair da pista e parar na brita.

A relargada não desanimou os pilotos; pelo contrário, na verdade. Largando em quarto lugar, forçado pelas circunstâncias, Piastri arriscou contra o estreante da Mercedes . Na parte interna da curva 1, em um trecho vertiginoso de descida, o australiano forçou demais, deslocando a Mercedes, que por sua vez tirou Charles Leclerc da corrida . Abandono forçado para Il Predestinato , o segundo da temporada. O duplo zero deixa a Ferrari na quarta posição do Campeonato Mundial, agora atrás da Red Bull.

Em meio a tantos contratempos, antes da entrada do safety car virtual , Verstappen encontrou detritos na pista. Após consertar o furo no pneu dianteiro esquerdo, o piloto da Red Bull retornou à corrida na décima oitava posição. Pelo menos ele conseguiu se livrar de alguns pneus duros que estavam longe do seu desempenho ideal.

Décimo terceiro e décimo quarto

Isso foi confirmado pela Aston Martin, a única equipe que ainda usava pneus brancos na época. Na segunda relargada, Fernando Alonso perdeu a posição para Alex Albon , um sinal claro de que não estava confortável. Quando foi avisado pelo rádio de que estava derrapando na curva 12, o espanhol gritou de volta: "Sim, sim. Dá para mudar mais alguma coisa?"

O primeiro terço da corrida também se mostrou desfavorável para Carlos Sainz . Envolvido com Hamilton e com a asa traseira danificada, o piloto madrilenho parou nos boxes na volta 18, mas um problema com a roda dianteira direita fez com que a parada se prolongasse por 5,2 segundos. A luta pelos pontos seria decidida contra a Racing Bulls e Pierre Gasly , que se mostrou mais competitivo do que o habitual. No entanto, Carlos não conseguiu se recuperar de tantos contratempos e terminou em décimo terceiro.

Muito antes do esperado, na volta 29, Alonso teve que parar nos boxes para trocar para pneus duros, embora estivesse ciente das limitações do que havia sido descrito pelo rádio como Plano B. Simplesmente não havia material suficiente nos pneus para competir efetivamente contra Liam Lawson . O desgaste dos pneus foi maior do que o previsto. Os pneus AMR-25 estavam tão gastos que até lembravam pneus Alpine. Como resultado, Alonso terminou em décimo quarto e Stroll em décimo sexto, à frente apenas de Tsunoda.

Assessoria/Miguel A. Herguedas/Caminho Político

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