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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Emails de Epstein envolvem Trump em caso de abuso sexual

Mensagens inéditas dos arquivos do pedófilo condenado citando o republicano foram divulgadas por deputados democratas. Textos podem revelar novas ligações entre o magnata já morto e o presidente dos EUA. A divulgação de três e-mails inéditos dos arquivos do pedófilo condenado Jeffrey Epstein, solicitada por parlamentares democratas na Câmara dos Representantes, pode revelar novas ligações entre o magnata já morto e o presidente dos EUA, Donald Trump, que nega qualquer vínculo com seu antigo aliado.
As mensagens foram compartilhadas nesta quarta-feira (12/11) por membros do Comitê de Supervisão da Câmara durante a revisão de cerca de 23 mil documentos adicionais relacionados ao caso Epstein, que causou grande agitação entre a base de apoio do presidente republicano.
Essa nova revelação coincide com a retomada das sessões na Câmara dos Representantes, onde democratas e alguns republicanos têm pressionado por uma votação sobre a liberação dos arquivos relacionados a Epstein, um procedimento que a liderança republicana conseguiu, até o momento, adiar.
Em uma mensagem de Epstein enviada em abril de 2011 a Ghislaine Maxwell – sua cúmplice, ex-namorada e amiga de longa data –, o pedófilo afirma que Trump "passou horas na minha casa" com uma das supostas vítimas de tráfico sexual, cujo nome foi omitido nos documentos publicados. No texto, Epstein chama Trump de "cão que não late" e afirma que o político "nunca foi mencionado" em relação ao escândalo de pedofilia.
Maxwell cumpre atualmente pena de 20 anos, após ser condenada por crimes de tráfico sexual, incluindo o aliciamento de meninas para serem abusadas.
"Ele sabia sobre as meninas"
Em outra mensagem, enviada em janeiro de 2019 por Epstein ao biógrafo de Trump, o escritor e jornalista Michael Wolff, o magnata escreve que "é claro que ele [Trump] sabia sobre as meninas, já que pediu a Ghislaine para parar".
Um terceiro e-mail, enviado em dezembro de 2015, traz outra conversa entre Epstein e Wolff sobre uma planejada entrevista de Trump à CNN. Epstein pede a Wolff um conselho sobre como elaborar uma resposta do então candidato a presidente às perguntas da emissora sobre o relacionamento deles. Wolff então aconselha-o a deixar Trump se incriminar, negando qualquer relação com o financista nova-iorquino.
"Acho que você deveria deixá-lo se enforcar. Se ele disser que não estava no avião nem na casa, isso dá a você uma valiosa vantagem política e de relações públicas. Você pode afundá-lo de uma forma que potencialmente gere benefício positivo para você ou, se realmente parecer que ele pode vencer, você pode salvá-lo, gerando uma dívida", escreveu Wolff.
"Quanto mais Trump encobre, mais descobrimos"
"Quanto mais Donald Trump tenta encobrir os arquivos de Epstein, mais descobrimos", disse o deputado Robert Garcia, o principal democrata na Comissão de Supervisão, em um comunicado.
Segundo Garcia, "esses e-mails e correspondências mais recentes levantam sérias questões sobre o que mais a Casa Branca está escondendo e sobre a natureza da relação entre Epstein e o presidente".
Em setembro passado, os democratas da Câmara divulgaram mais de duzentas páginas de um livro de felicitações de aniversário para o 50º aniversário de Epstein, incluindo um desenho obsceno atribuído a Trump, que nega veementemente ser o autor da mensagem com sua suposta assinatura.
Trump nega saber do esquema de abuso sexual de Epstein
Trump sempre negou saber do esquema de abuso sexual de Epstein, e alega que manteve amizade com o magnata, mas que os dois eventualmente romperam.
Em nota, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, acusou os democratas de vazarem "seletivamente e-mails para a mídia liberal para criar uma narrativa falsa e difamar o presidente Trump".
Ainda segundo Leavitt, a vítima citada no email de Epstein a Maxwell e com quem Trump teria estado era a falecida Virginia Giuffre, "que repetidamente afirmou que o presidente Trump não estava envolvido em qualquer irregularidade".
Giuffre, que cometeu suicídio em abril deste ano, afirmou em depoimento ao Judiciário que não acreditava que Trump soubesse que Epstein aliciava menores.
Outros ex-funcionários de Epstein também depuseram confirmando visitas de Trump a Epstein, mas negando tê-lo visto fazer qualquer coisa inapropriada.
"Fato é que o presidente Trump expulsou Jeffrey Epstein de seu clube há décadas por ser inconveniente com suas funcionárias mulheres, incluindo Giuffre", frisou Leavitt em nota.
A controvérsia em torno de seus laços estreitos com o criminoso sexual condenado persegue Trump desde julho passado, quando o Departamento de Justiça anunciou que não divulgaria mais informações sobre o financista nova-iorquino, que supostamente cometeu suicídio em 2019 enquanto aguardava julgamento na prisão.
Essa decisão inflamou o movimento MAGA (Make America Great Again), os apoiadores fervorosos do presidente republicano, que acreditam nas teorias – apoiadas pelo próprio Trump – de que a lista de clientes de Epstein incluía figuras poderosas das esferas econômica e política.
Na semana passada, o Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes intimou Andrew Mountbatten-Windsor, irmão do rei Charles 3° da Inglaterra, a depor sobre seu relacionamento com Epstein.
md/ra (EFE, Reuters, ots)Caminho Político
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