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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Fundo climático lançado pelo Brasil recebe primeiros aportes

Noruega, França, Portugal, Indonésia e o próprio Brasil confirmaram investimento total de US$ 5,4 bi no Fundo Florestas Tropicais para Sempre, principal aposta de Lula para a COP30. A Noruega anunciou nesta quinta-feira (6/11) que investirá 2,9 bilhões de dólares (R$ 15,5 bilhões) no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), principal aposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a COP30.
Essa é a maior contribuição anunciada até o momento. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a França também sinalizou que aportará 500 milhões de euros (R$ 3 bilhões). Brasil e Indonésia já se comprometeram com 1 bilhão de dólares (R$ 5,3 bilhões) cada, e Portugal prometeu um investimento modesto, de 1 milhão de euros (R$ 6,2 milhões).
Como a DW mostrou, uma delegação brasileira visitou Berlim na expectativa de que a Alemanha também faça aportes ao fundo.
No caso da Noruega, a contribuição será condicionada a que pelo menos 9,8 bilhões de dólares (R$ 52,4 bilhões) também sejam investidos por outros países. Outra condição é que seu aporte não ultrapasse 20% do financiamento total.
Os valores serão desembolsados gradualmente até 2035 e deverão ser reembolsados até 2075. "Não há tempo a perder se quisermos salvar as florestas tropicais do mundo", disse o primeiro-ministro Jonas Gahr Store, segundo o comunicado.
Como funciona o TFFF
O TFFF, lançado oficialmente por Lula nesta quinta-feira para apoiar a conservação global de florestas ameaçadas, quer premiar a preservação ambiental com recursos. O arranjo é considerado inovador, pois se inspira no modelo de investimento soberano, não em doação direta, e concilia recursos públicos e privados. Nele, os ganhos do fundo seriam distribuídos entre investidores e países que protegem suas florestas.
Os primeiros aportes são feitos por governos nacionais, com recursos que devem ativar o fundo para alavancar capital da iniciativa privada. O objetivo é alcançar 10 bilhões de dólares (R$ 53 bilhões) em recursos públicos no primeiro ano, meta considerada "ambiciosa", mas "viável" pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Metade deste valor já foi prometido até o momento.
A expectativa é que o TFFF se torne um fundo de 125 bilhões de dólares (R$ 668 bilhões). O Brasil afirma que os investidores irão recuperar o montante investido e terão remuneração compatível com as taxas médias de mercado. O mecanismo financeiro e o secretariado do TFFF serão hospedados pelo Conselho do Banco Mundial e os valores serão aplicados em carteira de renda fixa.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, indicou que os recursos devem render até 8%, com os investidores recebendo cerca de 4% do rendimento. O restante será distribuído em estipêndios anuais aos países que preservarem suas florestas tropicais, com um mecanismo de penalidade em casos de desmatamento.
Lula lança fundo em almoço com líderes
Nesta quinta-feira, Lula ofereceu um almoço às autoridades estrangeiras que participam da Cúpula de Líderes, prévia à COP, com o objetivo de alavancar o interesse pelo Fundo Florestas Tropicais para Sempre.
"As florestas valem mais em pé do que derrubadas. Elas deveriam integrar o PIB dos nossos países. Os serviços ecossistêmicos precisam ser remunerados, assim como as pessoas que protegem as florestas. Os fundos verdes internacionais não estão à altura do desafio", disse o presidente na ocasião.
Lula argumentou que o TFFF é uma ferramenta de financiamento inovadora para auxiliar governos a conservarem as florestas tropicais, presentes em mais de 70 países, entre eles o Brasil.
"O TFFF não é baseado em doação; seu papel será complementar os mecanismos que pagam pela redução das emissões de gases de efeito estufa. Serão investimentos soberanos de países desenvolvidos e em desenvolvimento que irão alavancar um fundo de capital misto. O portfólio deverá se diversificar em ações e títulos", destacou Lula.
O fundo também deverá garantir que um quinto dos recursos seja destinado aos povos indígenas e comunidades locais. O acompanhamento da manutenção das florestas em pé será feito por meio de monitoramento por satélites capazes de identificar o cumprimento da meta de manter o desmatamento abaixo de 0,5% nos países elegíveis.
Segundo o presidente, será possível pagar aos países 4 dólares (R$ 21 reais) por ano por hectare preservado.
"Parece modesto, mas estamos falando de 1,1 bilhão de hectares de florestas tropicais distribuídos em 73 países em desenvolvimento", disse ele aos líderes.
Segundo o jornal O Globo, ao menos 47 países já assinaram apoio ao fundo, ainda que o endosso não signifique investimento. Em discurso na Cúpula de Líderes, o príncipe britânico William elogiou a iniciativa, mas, segundo o jornal The Guardian, o Reino Unido não irá aderir financeiramente à proposta.
gq/ra (Reuters, AFP, OTS)Caminho Político
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