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sábado, 1 de novembro de 2025

‘Olheiro’, ‘radinho’, ‘vapor’: MP traça hierarquia do CV com 7 níveis de comando

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil do RJ identificaram uma estrutura hierárquica formalizada dentro do Comando Vermelho (CV), com divisão rígida de funções e regras internas.
As informações constam na denúncia e em relatórios incluídos no processo da Megaoperação Contenção. Ao todo, o MPRJ denunciou 69 pessoas por associação para o tráfico. Na última terça (28), 113 pessoas foram presas, e outras 121 foram mortas, incluindo 4 policiais civis e militares. Segundo o Ministério Público, o organograma da facção é composto por 7 níveis principais:
Chefes de guerra: estão no topo da cadeia, responsáveis por estratégias, finanças e invasões de territórios.
Gerentes de área: coordenam o tráfico em comunidades, recolhem lucros semanais e repassam valores à cúpula.
Seguranças: responsáveis pela proteção direta das lideranças, guarda de armas e escolta de chefes em deslocamentos.
Soldados: atuam armados na defesa de pontos de venda e em confrontos com grupos rivais.
Vapores: fazem a venda direta de drogas e cuidam do transporte de valores.
Radinhos: coordenam a comunicação e repassam em tempo real informações sobre ações policiais ou movimentações de facções rivais.
Olheiros: permanecem em acessos e ruas próximas às comunidades, vigiando a aproximação de viaturas e alertando os radinhos.
Quem está no topo
Entre os chefes de guerra, o documento cita Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, apontado como a principal liderança do CV no Complexo da Penha e responsável por determinar operações armadas e a expansão da facção para áreas da Zona Sudoeste. Doca é descrito como “a maior das lideranças da cúpula” e tem 26 mandados de prisão pendentes.
Outro nome é Carlos da Costa Neves, o Gadernal, identificado como “general do Complexo da Penha” e chefe da segurança de Doca. O relatório afirma que ele definia estratégias de guerra contra facções rivais e táticas de enfrentamento a forças de segurança.
A denúncia também cita Washington César Braga da Silva, o Grandão ou Síndico da Penha, responsável por controlar grupos de WhatsApp usados pela facção. Ele autorizava quem podia se comunicar com Doca e organizava escalas de plantão, bailes e pagamentos de propina.
O 4º nome no topo da hierarquia é Juan Breno, conhecido como BMW, que liderava a Equipe Sombra, grupo subordinado à cúpula da Penha e encarregado de invadir territórios na Gardênia Azul e adjacências, na Zona Sudoeste.
Os promotores afirmam que a facção opera “como uma empresa criminosa”, com contabilidade própria, metas de arrecadação e substituição imediata de líderes presos. O comando central, sediado na Penha, recebia relatórios diários sobre lucros e ocorrências nas áreas dominadas.
O Gaeco/MPRJ classificou a estrutura como “um sistema de gestão criminosa com divisão clara de tarefas e substituição funcional imediata”.
Assessoria/Caminho Político
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