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quarta-feira, 31 de dezembro de 2025

Aécio crítica Zema por explosão da dívida de MG e relembra que pagou parcelas em dia quando governou

O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves criticou duramente a condução da política fiscal do atual governo estadual e responsabilizou a gestão de Romeu Zema pelo crescimento acelerado da dívida mineira nos últimos anos. Segundo Aécio, a explosão do passivo não ocorreu por acaso, mas como consequência direta de escolhas políticas e da ausência de liderança na renegociação com a União.
Aécio lembrou que, durante seus oito anos à frente do Palácio Tiradentes, Minas manteve o pagamento da dívida rigorosamente em dia, mês a mês, sem recorrer a calotes ou suspensões judiciais. Para ele, essa postura garantiu previsibilidade, reduziu o impacto dos juros e fortaleceu a capacidade de negociação do Estado no cenário nacional.
O ex-governador contrastou esse período com o que veio depois. De acordo com os números citados, a dívida mineira saltou de R$ 114,7 bilhões em 2019 para mais de R$ 201 bilhões em 2025, crescimento impulsionado principalmente pela incidência de juros acumulados após anos de adiamentos e decisões judiciais que postergaram os pagamentos.
Na avaliação de Aécio, o atual governo falhou em renegociar os termos da dívida, mesmo em momentos em que manteve alinhamento político com o governo federal. Ele apontou falta de protagonismo, articulação e liderança para colocar o tema no centro do debate nacional e defender os interesses de Minas de forma firme.
O ex-governador também destacou que os avanços mais recentes nas tratativas para a renegociação da dívida só ocorreram graças à atuação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e da bancada mineira no Congresso Nacional, e não por iniciativa direta do Executivo estadual. Para ele, um governo que se apequena nos grandes debates do país acaba se enfraquecendo também diante dos problemas internos do Estado.
Ao encerrar, Aécio reforçou que gestão fiscal não se resume a discurso. Para ele, pagar em dia, negociar com seriedade e liderar o processo político são condições básicas para garantir responsabilidade com o futuro de Minas Gerais.
Assessoria//Caminho Político
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