Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

Governo de Mato Grosso

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Ministra do STJ condena Gladson Cameli a 25 anos de prisão, perda do mandato e o pagamento de uma multa milionária

Uma decisão da ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), impôs um revés ao governador do Acre, Gladson Cameli (PP). Ele foi condenado durante o julgamento na quarta-feira (17) a uma pena de 25 anos e nove meses de prisão, com início em regime fechado. Na sentença, Andrighi completou:
“Julgo procedente a denúncia para condenar Gladson de Lima Cameli como incurso nos crimes que já mencionei. As penas são de 25 anos e nove meses de reclusão em regime inicial fechado, e seiscentos dias-multa no valor de um salário mínimo vigente à época dos fatos”, disse.
Andrighi ainda sentenciou o governador do Acre à perda do cargo. O voto da ministra do STJ, proferido na quarta-feira, detalha os resultados da Operação Ptolomeu I, II e III, deflagrada entre o final de 2021 e março de 2023. A operação, segundo a investigação autorizada pela ministra, revelou um esquema de corrupção que envolve diretamente o próprio governador Gladson Cameli e pessoas ligadas à sua gestão à época, empresários, incluindo familiares. O inquérito, detalhado por reportagens da Agência Brasil, estimou um rombo de R$ 120 milhões. A investigação aponta que a organização criminosa lavava o dinheiro desviado.
De acordo com informações daquele período, a ‘corte’, instância judicial competente para julgar processos envolvendo governadores, determinou a suspensão das atividades econômicas de 15 empresas investigadas. Durante o julgamento, houve pedido de vista o que alterou a decisão do julgamento para 2026. Em março de 2024, o governador passou a ser “réu em ação que apura fraude à licitação, desvio de recursos públicos e formação de organização criminosa”, como descreveu a comunicação do STJ.
Gladson Cameli respondeu à decisão explicando que o julgamento foi suspenso sem conclusão final. Disse ainda que, “o que se tem é apenas a leitura e a “sugestão” da relatora, a respeito da sua posição diante das alegações da acusação. No momento da suspensão do julgamento em razão do pedido de vistas, faltava a exposição do voto da ampla maioria dos ministros, o que torna o resultado totalmente inconclusivo”.
Por fim, Cameli alega que, mesmo que o julgamento tivesse um final negativo, a sua defesa recorreria da decisão. “Sigo trabalhando de forma confiante e serena, acreditando na justiça e nas instituições, desempenhando, com dedicação e afinco, o trabalho em prol do povo acreano”, finalizou.
Assessoria/ Emerson Barbosa/Caminho Político
📢 Jornalismo profissional e de qualidade. Acompanhe as últimas notícias de Cuiabá, de Mato Grosso, de Brasil e do Mundo.
📲 📰 💻Siga o Caminho Político nas redes sociais 💻
🌐www.caminhopolitico.com.br
🌐www.debatepolitico.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário