Membros da executiva do PTB em Cuiabá e líder da sigla na
Câmara, o vereador Clóvis Hugueney, o Clovito, defendeu o presidente do
Legislativo municipal, vereador Júlio Pinheiro, dizendo que a esposa do
parlamentar, Gisely Carolina Lacerda Pinheiro, "pegou pesado" quando
denunciou o marido por agressão doméstica na madrugada de Sexta da Paixão (6).
O escândalo foi noticiado com exclusividade pelo RDNews. "A mulher dele
pegou pesado, falou um monte de coisa, mas na hora da raiva a gente fala mesmo.
Mas é assunto de família, todo casal discute, a gente não pode ser injusto nem
com ela nem com ele", ponderou Clovito.
Presidente da Câmara de Cuiabá, Júlio é preso por agredir a
esposa
Clovito diz não
acreditar que Pinheiro tenha mesmo ameaçado Gisely com uma faca ou qualquer
outra arma e alerta para que a sociedade não faça um julgamento precipitado do
vereador. O petebista afirma que o correligionário nunca foi violento, mas não
descartou a hipótese do amigo ter misturado bebida alcóolica com medicamentos
para justificar a reação agressiva. O vereador lembra que Pinheiro tem a saúde
frágil e por conta disso toma remédios para diabetes e depressão. "Se ele
quisesse bater ele tinha batido. O Júlio nunca matou uma mosca, as vezes que
discutimos por discordar de alguma coisa ele nunca levantou a voz",
garantiu.
O líder da
agremiação no Parlamento disse que vai orientar Pinheiro a dar uma entrevista
coletiva para explicar o que realmente aconteceu, pois acredita que ele deve,
no mínimo, uma satisfação àqueles que o elegeu.
Clovito preferiu
não comentar se houve quebra de decoro parlamentar por parte de Pinheiro e se o
partido poderá expulsá-lo e ainda se a Câmara deve cassar o mandato do
parlamentar como fez com Ralf Leite (PRTB). Ralf perdeu o mandato em agosto de
2009 após se envolver com um travesti menor de idade em Várzea Grande e ser
acusado de agredir a namorada.
"Quero ouvir
as partes, ver o que realmente aconteceu. Não vou tomar uma decisão precipitada
como tomaram com Ralf. Fui contra a cassação dele, até porque quando se beija
uma menina em uma balada ou sai com alguém não se pede a identidade para ver se
é menor", justificou.
Quando Ralf
tentou voltar à Câmara, no ano passado, Clovito foi o único a favor de um novo
julgamento. Como relator da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ele votou
a favor do vereador cassado e na apreciação em plenário manteve a posição. Ele
acreditava que a punição do Legislativo deveria ser revista, pois na esfera
judicial Ralf foi absolvido de parte dos crimes dos quais foi acusado e
investigado pela Comissão de Ética como falsidade ideológica, exploração sexual
e corrupção ativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário