Com a cassação do prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do
Pátio (PMDB), nesta terça (3) pelo TRE, o Estado atinge a marca de 15 prefeitos
cassados desde as eleições 2008, sendo pela Justiça, pelo TRE, ou pelas Câmara
Municipais. Irregularidades a parte, mais de 20 municípios já não são mais
administrados pelo gestor eleito no último pleito. Em duas cidades o prefeito
foi assassinado, em outra morreu de causas naturais. Há ainda os que
renunciaram por acordo com o vice, a fim de fortalecê-lo ao pleito deste ano e
o caso de Wilson Santos (PSDB), que deixou o comando de Cuiabá em 2010 para
disputar o Governo, quando acabou derrotado por Silval Barbosa (PMDB),
reeleito.
Diamantino, Erival Capistrano (PDT). Nestes nove municípios
foi realizada eleição suplementar.
O prefeito de
Pedra Preta, Augustinho Freitas Martins (PR), também foi cassado pelo TRE, que
já havia, inclusive, marcado eleição suplementar no município. O TSE, por sua
vez, reformou a decisão e o reconduziu ao cargo. O republicano acabou
renunciando e hoje o então vice, Marciolino Corte Souza (PR), comanda a cidade.
Em Curvelândia, onde o prefeito cassado foi Lair Ferreira (DEM), a eleição
suplementar também foi suspensa e o presidente da Câmara, Maury Souza da Silva
(PP), se manteve no cargo.
Outro prefeito
cassado pelo TRE foi Ricardo Henry (PP), de Cáceres. No município, contudo,
como o progressista não havia sido eleito com mais de 50% dos votos válidos, não
foi necessária a realização de pleito suplementar. Em seu lugar assumiu o
segundo colocado, Túlio Fontes (DEM). O mesmo ocorreu em Alto Boa Vista, onde
Aldecides Milhomem (DEM) foi sucedido por Wanderley Perim (PR).
Já pela Câmara de
vereadores deixaram o cargo o então prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos
(PR), que já estava afastado pela Justiça por suposto ato de improbidade
administrativa, e o prefeito de Tangará da Serra, Júlio César Ladeia (PR).
Tangará foi o primeiro município na história do Estado há realizar eleição
indireta. Agora, entretanto, com a cassação de Pátio, o mesmo pode ocorrer em
Rondonópolis.
Os municípios que
tiveram troca de comando devido ao assassinato dos gestores, ocorridos no ano
passado, foram Nova Canaã do Norte, onde o prefeito executado foi Antônio Luiz
de Castro (DEM), e Novo Santo Antônio, Valdemir Antônio da Silva (PMDB). Houve
ainda o caso do prefeito de Tabaporã, Edison Rosso (PT), que faleceu por
problemas de saúde.
O gestor de
Campinápolis, Altino Vieira Rezende (PR), por sua vez, foi um dos que renunciou
devido a acordo firmado para fortalecer a candidatura do vice, Vandeir Ribeiro
(PMDB), às eleições de outubro. Também o primo do senador Blairo Maggi,
prefeito de Sapezal, José César Borges Maggi (PR), para beneficiar Jean Carlo
Galli (PMDB).
Além de todo este
“imbróglio”, o Estado ainda presenciou o troca-troca entre prefeitos e vices,
ou segundo colocados. A exemplo de Itiquira, onde o prefeito Ernani José
Sander, o Nani (PSDB), foi afastado pela Câmara, mas conseguiu retornar ao
cargo, no qual se mantém até hoje. O mesmo ocorreu em General Carneiro. Lá o
prefeito Juracy Rezende da Cunha (PT), o Buchudo, e a segunda colocada, Magali
Vilela (PP), travaram um duro embate judicial, com expedição de inúmeras
liminares. A “queda de braço” acabou sendo vencida por Juracy, que ainda
comanda a prefeitura.
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