Senador acusado de envolvimento com Carlinhos Cachoeira se diz inocente e garante que vai se defender por escrito e oralmente dentro do prazo, que acaba em 25 de abril.
Acusado de envolvimento com Carlinhos Cachoeira, preso por exploração de jogos ilegais, Demóstenes Torres (sem partido-GO) compareceu ontem a reunião do Conselho de Ética do Senado e anunciou que vai se defender por escrito e oralmente no prazo dado pelos integrantes do conselho, de 10 dias úteis.
Quero provar a minha inocência no mérito. E o foro competente é este Conselho de Ética. Provarei que sou inocente — afirmou o senador.
Demóstenes questionou a forma como Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) foi escolhido para presidir o Conselho de Ética, alegando que o senador mais idoso pode substituir o presidente e o vice-presidente do colegiado em caso de ausência de ambos, mas não quando houver vacância, como aconteceu no conselho. Demóstenes disse que não tinha intenção de ficar discutindo questões processuais, pois estaria mais interessado na defesa de mérito e se retirou da sala.
Apesar do consenso sobre inexistência de irregularidade na presidência interina do Conselho de Ética, os senadores presentes decidiram fazer uma eleição e confirmaram Valadares no cargo. Houve unanimidade na defesa da admissibilidade da representação do PSOL contra Demóstenes.
Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que os dispositivos processuais que serviram de base para o questionamento de Demóstenes Torres já teriam sido alterados por uma outra resolução do Senado.
O prazo para o senador apresentar defesa prévia encerra-se em 25 de abril. Então, o relator apresentará um relatório preliminar e, se o colegiado deliberar pela perda do mandato, o parecer será enviado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois à Mesa Diretora para a inclusão na ordem do dia do Plenário, que é a instância máxima de decisão do Senado.
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