O candidato a prefeito da coligação Juntos
para Construir uma Nova Historia (PDT, PMDB, DEM e PSDB), Valdenir José
dos Santos (PMDB), teve a sua candidatura impugnada pelo Ministério
Público Eleitoral de Mato Grosso.
O pedido de impugnação atingiu também 10 candidatos a
vereador da mesma chapa e mais quatro candidatos a vereador pela
coligação Nova Ubiratã é Mais (PP, PT, PR, PPS, PSB, PV e PSD).
O vereador Claudir Rizzo (PDT) também consta na relação de pedidos de impugnação.
O prazo para candidatos, partidos, coligação ou o
Ministério Público Eleitoral encaminharem os pedidos de impugnação
terminou no dia 13 de julho, conforme determina a lei complementar
64/1990. No caso de registro de candidatura individual, o prazo termina
nesta quarta-feira (18).
Os candidatos com pedidos de impugnação têm sete dias
para apresentar a defesa prévia à Justiça Eleitoral. O prazo final para
que a Justiça acatar ou não os pedidos termina no dia 5 de agosto.
Se alguma candidatura for impugnada, os partidos
podem fazer a substituição do postulante ao cargo de vereador em até 60
dias antes da eleição e dos candidatos a prefeito e vice, até 72 horas
antes do dia das eleições.
De acordo
com o Ministério Público Eleitoral, entre os principais motivos das
impugnações destacam-se a ausência de quitação eleitoral e de filiação
político-partidária, contas rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral
(TRE) e Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ficha Suja. Os postulantes
impugnados ainda podem apresentar defesa.
COBRANÇA DE PROPINA
Valdenir José dos Santos já tem tramitando contra si
no Tribunal de Justiça de Mato Grosso o processo 2011/101. Em maio, a
Comarca da Justiça de Nova Ubiratã, presidida então pelo juiz Wanderlei
José dos Reis, aceitou a ação cível pública apresentada pelo Ministério
Público Estadual contra o ex-secretário de Agricultura de Nova Ubiratã
por atos de improbidade administrativa durante a sua gestão no cargo,
entre janeiro de 2005 e janeiro de 2011.
Conforme o processo, Valdenir “valendo-se de sua
função de Secretário de Agricultura de Nova Ubiratã, juntamente com o
segundo requerido, exigiam valores em dinheiro
de particulares para instalar a rede elétrica do programa Luz Para
Todos em várias propriedades rurais localizadas em Nova Ubiratã”.
Apesar das informações de que os valores já pagos em
propina por alguns produtores totalizariam cerca de R$ 300 mil, o
Ministério Público conseguiu contabilizar através
dos depoimentos apenas R$ 94 mil. Entre as vítimas consta Fabiano
Nichelle, que pagou R$ 40 mil para ter acesso ao programa gratuito de
eletrificação rural.
Os demais empresários rurais pagaram entre R$ 6 mil e
R$ 30 mil para serem beneficiados pelo esquema do ex-secretário de Nova
Ubiratã. Alguns depoentes repassaram ao promotor Carlos Zarour cópias
da microfilmagem dos cheques e copia de recibos de depósitos bancários
utilizados nos pagamentos das propinas.
Em sua argumentação, o promotor de Justiça de Nova
Ubiratã Carlos Roberto Zarour César ressalta que os fatos envolvem
“indícios suficientes da existência do ato de improbidade dos
requeridos, da responsabilidade dos mesmos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário