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quinta-feira, 12 de julho de 2012

"Patriota defende suspensão do Paraguai do Mercosul "

A posição do Brasil de apoiar a suspensão do Paraguai do Mercosul e aprovar o ingresso da Venezuela no bloco, apesar da ausência de uma decisão formal do parlamento paraguaio sobre o assunto, gerou polêmica na reunião de ontem da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
 
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, as decisões foram uma “resposta coletiva dos países integrantes do Mercosul à ruptura democrática no processo que resultou no ­impeachment do então presidente paraguaio Fernando Lugo, em 22 de junho”. 

A suspensão foi baseada no Protocolo de Ushuaia, assinado em 1998 pelos membros e associados do Mercosul, que estabelece o pleno funcionamento da democracia como condição para a continuidade da integração entre os países, disse Patriota.

Francisco Dornelles (PP-RJ) destacou que Lugo foi afastado por decisão do Congresso paraguaio, ratificada pela ­Suprema Corte do país. ­Apesar de defenderem o ingresso da Venezuela no Mercosul, Dornelles, Cristovam Buarque (PDT-DF) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) argumentaram que, como o Paraguai não foi excluído do bloco, apenas suspenso, teria que ter manifestado formalmente sua concordância para a admissão de um novo país ser válida.

Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) constataram, em visita a Assunção, a adoção dos procedimentos constitucionais no impeachment de Lugo. Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Sérgio Souza (PMDB-PR) também críticaram a posição brasileira.

Já para Lindberg Farias (PT-RJ), não são “meras formalidades” o amplo direito de defesa e o devido processo legal — que, segundo o governo brasileiro, faltaram no processo contra Lugo. Roberto Requião (PMDB-PR), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Pedro Simon (PMDB-RS) também apoiaram a posição do Itamaraty.

Jornal do Senado

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