Justiça ordenou que, após vazamento de petróleo, empresa parasse
trabalhos no Brasil; presidente da agência reguladora afirmou no Senado
que problemas identificados na Transocean foram apenas “leves”
| O presidente do Senado, José Sarney, recebe a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard. |
A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse ontem no Senado que a ANP
não encontrou elemento que justifique a suspensão das atividades da
Transocean.
A decisão é resultado de uma ação movida pelo Ministério Público
Federal após o vazamento de óleo na Bacia de Campos em novembro.
O descumprimento da determinação implica multa diária de R$ 500 milhões.
Em relação à Transocean, as não conformidades que encontramos são
leves. Não são motivo de descontinuidade das operações da empresa —
disse a diretora.
No caso da Chevron, a conclusão da ANP é que o acidente poderia ter sido evitado:
Nosso ponto de vista é que aquele acidente poderia ser evitado se a
empresa tivesse cumprido as normas de segurança operacional da ANP e
seu próprio manual de procedimento.
Magda Chambriard esteve no Senado para uma visita ao presidente da Casa, José Sarney.
Ela ressaltou que a ANP está atuando de maneira “criteriosa” em relação a essas operações para evitar novos acidentes.
Na próxima quinta, a presidente da ANP, cujo mandato de quatro anos
termina em novembro, será submetida a uma sabatina na Comissão de
Serviços de Infraestrutura (CI).
Relatório do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) é favorável à
mensagem presidencial pela manutenção de Magda na ANP (MSF 57/12). Se
aprovada na CI, a indicação segue para votação no Plenário do Senado.
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