Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"Passagem da CPI da Mulher por estados já surtiu efeitos positivos, diz Ana Rita "

Comissão solicitará informações a todos os estados e ao DF sobre a previsão orçamentária destinada à proteção de mulheres agredidas. Ana Rita espera concluir o relatório final até o início de dezembro.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista da Violência contra a Mulher aprovou ontem 49 requerimentos, entre eles os que solicitam informações a todos os estados e ao Distrito Federal sobre a previsão orçamentária destinada à proteção de mulheres agredidas.

Durante a reunião, a relatora da CPI, senadora Ana Rita (PT-ES), observou que a simples passagem da comissão por alguns estados já começa a surtir efeitos.

Ela citou o Paraná, que recentemente criou cinco novas varas judiciais, “o que mostra que a comissão tem tido efeito positivo e tem sensibilizado as autoridades públicas por onde tem passado”.

 Mas muita coisa precisa ser feita. A relatoria vai apresentar as principais dificuldades e propor medidas para saná-las em todos os estados — afirmou.

Ana Rita acrescentou que, diante dos dados que a comissão já possui, colhidos nas audiências públicas estaduais e nos debates no Senado, há condições para a ­apresentação de um “bom relatório” ainda em 2012. A expectativa é de que o relatório final da comissão esteja concluído no início de dezembro, embora talvez não seja possível atender a demanda de todos os estados para a realização de audiências públicas.

O balanço é bastante positivo. Tivemos a presença de representantes de órgãos públicos na grande maioria das audiências e a presença forte da sociedade civil organizada. O resultado é proveitoso, o quadro se repete na maioria dos estados — disse a senadora.

Diligências

Entre os requerimentos aprovados ontem, estão os para a realização de audiências públicas na Paraíba, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, e diligências em municípios de Roraima e de Goiás, especialmente no Entorno de Brasília.

A CPI deve também realizar uma diligência em obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que mantenha uma grande ­concentração de homens, a ser definida pelo colegiado,  como forma de apurar denúncias sobre exploração sexual de mulheres nesses locais.

Em novembro, a comissão pretende ouvir em audiência pública o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e um representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em julho, a CPI mista teve os trabalhos prorrogados por 180 dias. Além de dar continuidade ao plano de trabalho, a comissão está recebendo e sistematizando informações que chegam de todas as unidades da ­Federação.

Desde fevereiro de 2012, quando foi instalada, a comissão já visitou os estados de Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Alagoas, Paraná, São Paulo e Bahia.

Composta por 11 senadores, 11 deputados e igual número de suplentes, a CPI é ­presidida pela deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e tem como vice-presidente a deputada Keiko Ota (PSB-SP).

Jornal do Senado

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