O Conselho de Comunicação Social
do Congresso Nacional quer a suspensão do leilão e da consulta pública
em andamento na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a
alocação da faixa de frequência de 700 MHz que será usada para oferta de
serviço de internet móvel de quarta geração, o chamado 4G. O serviço,
segundo o conselho, pode interferir no sinal das televisões digitais,
principalmente das TVs públicas.
Em uma carta enviada ao presidente do Congresso, Renan Calheiros, o
Conselho de Comunicação Social solicita que o pedido de suspensão seja
encaminhado à presidência da Anatel e ao ministro das Comunicações,
Paulo Bernardo. "Da forma como está, haverá interferência do sinal de
telefonia celular no sinal de televisão e vice-versa", diz trecho da
carta.
De acordo com o conselheiro Walter Vieira Ceneviva, vice-presidente
do Grupo Bandeirantes, a interferência foi demonstrada por testes feitos
por engenheiros das empresas de telecomunicações, das empresas de
radiodifusão e por representantes do governo.
Além disso, o conselheiro destacou que a realocação da faixa dos 700
MHz vai prejudicar as TVs educativas e públicas, que poderão ficar sem
alcance suficiente para chegar às casas das pessoas. “Em que lugares
isso acontece com maior frequência? Nos grandes centros, especialmente
São Paulo e Rio de Janeiro", declarou.
Violência contra jornalistas
A reunião do Conselho de Comunicação desta segunda-feira (7) também acertou a realização de audiência pública no dia 5 de maio para discutir com representante do Ministério da Justiça a violência contra os profissionais de comunicação.
A reunião do Conselho de Comunicação desta segunda-feira (7) também acertou a realização de audiência pública no dia 5 de maio para discutir com representante do Ministério da Justiça a violência contra os profissionais de comunicação.
TV por assinatura
O Conselho de Comunicação também aprovou a realização de uma audiência para discutir com o diretor de Fiscalização da Agência Nacional do Cinema (Ancine) a Lei 12.485/11, conhecida como Lei do SeAC, que instituiu um novo e unificado marco regulatório para a TV por assinatura.
O Conselho de Comunicação também aprovou a realização de uma audiência para discutir com o diretor de Fiscalização da Agência Nacional do Cinema (Ancine) a Lei 12.485/11, conhecida como Lei do SeAC, que instituiu um novo e unificado marco regulatório para a TV por assinatura.
O presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade
(Abap), Orlando dos Santos Marques, participou da reunião desta segunda e
cobrou mais fiscalização por parte da Ancine quanto à obrigatoriedade
da atuação de uma agência de publicidade nacional na veiculação, no
Brasil, de material publicitário produzido no exterior.
Segundo ele, só a Ancine pode informar em quais programas esses
comerciais são veiculados e qual o volume de dinheiro envolvido. "É da
Ancine o papel de fiscalizar", disse.
De acordo com Marques, o comercial veiculado principalmente nas TVs
por assinaturas precisa ser nacionalizado. Ele afirmou que isso é feito
por meio do pagamento de taxas que reembolsem a força de trabalho
brasileira.
Reportagem – Idhelene Macedo
Edição – Pierre Triboli
Edição – Pierre Triboli
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