Gestores de Barra de Bugres, Nova Olímpia, Arenápolis e Denise participaram de uma mesa-redonda para falar sobre a situação de seus municípios.
Os municípios de Barra do Bugres, Nova Olímpia, Arenápolis e Denise sofrem praticamente dos mesmos problemas: falta de recursos para honrar seus compromissos, estradas em más condições de conservação, ruas esburacadas, folha salarial acima do limite estipulado por lei, obrigação de assumir serviços de órgãos estaduais e federal, entre outros que foram elencados pelos prefeitos Júlio Florindo (Barra do Bugres), Cristóvão Masson (Nova Olímpia), José Mauro (Arenápolis) e Pedro Tercy (Denise) durante uma mesa redonda na manhã desta sexta-feira (11), na Rádio Canavial-FM, em Denise.
Durante o bate papo os prefeitos também falaram sobre paralisação nacional das prefeituras, realizada em todo o Brasil nesta sexta-feira. O movimento nacional “Viva Seu Município” contou com a adesão de pelo menos 80% das prefeituras de todo o país tem como objetivo mostrar a presidente da República, senadores, deputados federais e estaduais a situação de falência dos municípios brasileiros que amargam a diminuição desenfreada de repasses federais e as crescentes obrigações, que surgem sem os devidos recursos para seu custeio e ao mesmo tempo reivindicar o aumento de 2% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a redistribuição dos royalties do petróleo e gás, reformulação da Lei Complementar do ISS e encontro de contas das dívidas previdenciárias.
"Estamos em situação desesperadora. O Estado e a União administram recursos, enquanto os municípios administram problemas", disse José Mauro, destacando que atualmente em seu município ele está priorizando as prioridades.
Na mesma linha, o prefeito de Nova Olímpia frisou que gostaria da dar uma resposta às demandas da população, porém não há recursos, tendo em vista que a maior fonte de renda são os repasses, que a cada dia reduzem mais em decorrência da diminuição da arrecadação. "Ruas esburacadas, pontes caindo, educação em crise, saúde longe do ideal, folha acima do permitido e uma série de problemas que vivemos. A comunidade acha que é falta de vontade, mas não é. É falta de condições mesmo de fazer", disse Masson.
Por sua vez, o prefeito de Barra do Bugres, Júlio Florindo, destacou o abandono por parte do Estado e da União. Segundo ele, cada dia mais, o município é obrigado a assumir compromissos que deveriam ser prestados por esses entes. "Levamos pancada do nosso povo que acha que não corremos atrás dos recursos. Todas as semanas estamos buscando meios de solucionar os problemas, reivindicando das nossas autoridades, porém, pouco ou quase nada conseguimos", citou Florindo.
Já o prefeito Pedro Tercy frisou que a reivindicação do movimento, se acatada, vai trazer benefícios como o aporte de mais de R$ 7,2 bilhões aos cofres municipais por meio do FPM e a possibilidade de arrecadar, aproximadamente, R$ 5 bilhões a mais a cada ano, se a Lei do ISS for alterada. "Também queremos as desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados. O IPI compõe o FPM, e a cada desoneração acaba acarretando menos FPM, prejudicando a arrecadação dos municípios", disse Tercy.
O prefeito de Denise relatou que a imagem dos prefeitos de todo o país está desgastada, exatamente em razão da crise que assola a grande maioria. "Temos que cobrar, reivindicar, porque não estamos fazendo isso por nós e sim pela nossa população que é a que mais sofre", finalizou o prefeito.
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