Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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quinta-feira, 17 de julho de 2014

"Presidente da China defende protagonismo de emergentes"

Em discurso ontem no Congresso brasileiro, o presidente da China, Xi Jinping, disse que o mundo não está em tranquilidade. Ele citou as repercussões da crise financeira internacional, o desenvolvimento mundial desequilibrado, o “crescimento de hegemonia” e o “neointervencionismo”.

Para enfrentar a situação, recomendou Xi Jinping, a China e o Brasil — como maiores países em desenvolvimento no Oriente e no Ocidente — devem “cumprir ativamente suas responsabilidades internacionais” em favor de uma ordem internacional “mais justa e razoável”.

 Temos de reforçar os mecanismos internacionais, como ONU, OMC, G-20, Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] e Basic [Brasil, África do Sul, Índia e China], reunir a força dos países em desenvolvimento e participar da governança global ativamente, a fim de buscar mais direitos institucionais e dar voz aos países em desenvolvimento.
O presidente da China esteve no Congresso para participar de uma sessão solene pelos 40 anos das relações diplomáticas entre os dois países, estabelecidas em agosto de 1974. Antes, ele havia estado em reuniões do Brics em Fortaleza e Brasília.
Durante o encontro dos presidentes do Brics, ficou acertada a criação do Banco de Desenvolvimento do Brics, uma instituição financeira comandada pelos principais países emergentes que servirá como uma espécie de contrapartida ao Banco Mundial. O banco terá sede em Xangai.
No pronunciamento, Xi Jinping lembrou que o estabelecimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a China foi anunciado pelo presidente Ernesto Geisel, em 1974. Ele recorreu a uma frase do filósofo Confúcio segundo a qual “quem tem mais de 40 anos está livre de perplexidade”, para afirmar que as relações entre os dois países estão “mais maduras e consolidadas”:
 A China tem sido o maior parceiro comercial do Brasil por cinco anos consecutivos. E o Brasil é o maior parceiro comercial e importante destino de investimento chinês na América Latina por longo período. A nossa cooperação pragmática não apenas abrange as áreas tradicionais comerciais, mas também tem se tornado tão diversificada na alta tecnologia que se estende desde o espaço sideral até as águas profundas, como satélites de recursos terrestres, jatos regionais, prospecção e exploração de petróleo no mar profundo e biotecnologia.
Ele lembrou que, numa recente visita a Pequim, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, disse que as boas relações com a China são um consenso entre todos os partidos no Brasil. O mesmo, acrescentou o presidente, acontece na China.
Em todos os setores da sociedade chinesa vem crescendo o entusiasmo de adensar a cooperação com o Brasil — disse.
Xi Jinping afirmou que a promoção da multipolaridade e a democratização das relações internacionais devem estar no centro da agenda global.

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