A Justiça Eleitoral de Mato Grosso proibiu o ex-governador Rogério Salles, candidato ao Senado Federal pelo PSDB, de dizer que o seu adversário na disputa pelo cargo, o deputado federal Wellington Fagundes, da coligação “Amor à Nossa Gente”, é a favor da divisão de Mato Grosso. A medida vale também para os programas de propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão. Em sua decisão, a juíza Ana Cristina Silva Mendes foi taxativa ao afirmar que a propaganda de Salles tenta levar o eleitor ao erro.
“A propaganda eleitoral em questão, indubitavelmente, induz a falsa idéia de que o candidato teria competência e legitimidade para o desmembramento do Estado de Mato Grosso” – frisou a magistrada. Segundo ela, os ataques de Salles tem a tendência de criar no eleitor comum o entendimento de que, se Fagundes fosse eleito, poderia ser uma medida tomada em sua gestão, “o qual acaba consubstanciar-se na criação de estado mental negativo em desfavor” do candidato do PR.

Para a juíza Ana Cristina, a propaganda de Rogério Salles configura violação ao Código Eleitoral. Segundo ela, a tentativa de Salles se encaixa na propagação de “fatos inverídicos claramente com o condão de causar potencial lesividade” na campanha de Wellington Fagundes e “de induzir o eleitor ao erro”.

“Sempre trabalhei muito pela implantação e pavimentação das rodovias, pela chegada da ferrovia, redobrei os esforços pela ampliação da oferta de energia elétrica e também pela telefonia. Sempre fui um parlamentar pronto a ouvir o povo e trabalhar para amenizar as dificuldades da população. Por isso, em cada cidade temos grandes realizações, feitas em parceria com os municípios” – disse.
Para Wellington, a atitude do seu adversário na disputa ao Senado é condenável. “Rogério Salles foi governador por oito meses e não me consta nada de sua luta para amenizar o sofrimento da população.
Acho muito estranho esses ataques quando, na verdade, sabe muito bem o quanto tenho lutado pelo desenvolvimento de Mato Grosso” – frisou, ao celebrar a decisão da Justiça: “Foi uma decisão que repõe a verdade e acaba com a mentira”.
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