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terça-feira, 25 de novembro de 2014

"ARTIGO : Pensão de ex-governadores"

Na semana que passou a juíza Celia Regina Vidotti, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular, determinou que o Estado cesse imediatamente o pagamento de pensão de pelo menos 18 ex-governadores de Mato Grosso. Ela se baseou na parte final do art. 1º, da Emenda  Constitucional nº 22/2003, que diz que o recebimento do benefício é inconstitucional. A Ação proposta contra os ex-governadores foi do Ministério Público do Estado.
            Conheço todos os ex-governadores citados, incluindo Pedro Pedrossian (1967/1971) e José Fragelli (1971/1975). Cheguei a Mato Grosso no começo da gestão do governador José Garcia Neto (1975/1978). Tive a oportunidade de prestar serviços por algum tempo nos governos de Frederico Campos, Júlio Campos, Dante de Oliveira e Blairo Maggi. Sempre lidei com crises políticas e por isso, estive perto de outros governadores prestando algum tipo de consultoria na maioria dos casos.
            Vou citar três em particular com quem convivi mais próximo: Garcia Neto, Frederico Campos (1979/1983) e Dante de Oliveira, no segundo mandato (1999/2002). Devo relatar, a bem da verdade, e por essa experiência que ser governador é viver num inferno durante quatro anos. Todos os que se reelegeram se arrependeram amargamente. Começo com Garcia Neto. Viveu uma extrema crise da divisão de Mato Grosso e pagou caríssimo na vida pessoal, familiar e pública. Frederico Campos viabilizou o estado pós-dividido contra a má vontade do governo do presidente Figueiredo que herdou a divisão feita pelo antecessor Ernesto Geisel. Convivi com algumas das extremas pressões e tensões de todas as ordens que sofreu na vida pessoal, familiar e pública.
            Assisti Júlio Campos no extremo desespero do estado inviabilizado pós-divisão e pressionado por um crescimento econômico atropelador. Vi Dante de Oliveira adoecer e ser afastado do governo pra se curar da depressão que lhe causaram os números da economia, do orçamento e das necessidades no começo da gestão em 1995.
            Ontem discuti com um velho e querido amigo aposentado da política e concordamos, ambos pela experiência de termos convividos com esses governantes. Quem passa pelo governo nunca mais recompõe a sua vida pessoal e nem a coloca nos eixos da normalidade. Alguns, como Frederico Campos, dependem inteiramente da pensão de ex-governadores. Outros dependem menos, mas seguramente todos merecem recebê-la como uma espécie de indenização pelo que perderam de saúde e da normalidade da vida civil.
            Penso que a vitória legal certamente alegrará magistrados e procuradores, todos muito bem amparados vitaliciamente em suas carreiras. Merecem pela carreira espinhosa que executam. Mas no caso do ex-governadores, ainda que alguns mereçam reparo ou não precisem da aposentadoria,, não dá pra generalizar numa única canetada. Cabe o bom senso!
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

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