Policiais da Delegacia Fazendária de Mato Grosso (Defaaz)amanheceram com mandados de prisão expedidos pela justiça para prisão de secretários e adjuntos do governo do Estado, e dos donos de empresas gráficas, principalmente das gráficas Print e Defanti, controladas pelos irmãos Jorge, Fábio e Dalmi Defanti – que, segundo as investigações, lesaram o Estado em R$ 40 milhões. São 17 mandados de busca e de apreensão em curso.
Vinte e duas ordens judiciais estão sendo cumpridas pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendário e Contra Administração Pública (Defaz), da Polícia Judiciária Civil, na operação "Edição Extra", deflagrada na manhã desta quinta-feira (18). As investigações da operação iniciaram com denúncias em fraudes em licitação envolvendo a Secretaria de Estado de Comunicação e a Secretaria de Estado de Administração junto ao segmento de empresas do ramo de gráficas.
A Delegacia Fazendária confirmou a prisão dos dois secretários adjuntos e informou que três empresários e um funcionário das gráficas envolvidas estão foragidos. Todos estão com prisões temporárias decretadas pela Vara Especializada Contra o Crime Organizado e a 14ª Promotoria de Justiça e Defesa da Administração Pública e da Ordem Tributária de Cuiabá.As ordens de buscas são cumpridas nas empresas do Grupo Print, Gráfica Defant, Gráfica JR Gusmão, nos gabinetes do secretários adjuntos Eupidio Espiezzi Junior (Secom) e Jose de Jesus Nunes Cordeiro (Sad) e na Agência Casa D'Ideias, de Marketing e Propaganda.
A delegada Liliane de Souza Murata Costa informou que as fraudes são referente ao pregão nº 93 do ano de 2011 e o contrato de 2012, no valor de R$ 40 milhões. "Recebemos denúncia de um empresário que foi chamado para uma das reuniões e não quis aderir as condições impostas pelo grupo de empresários para participar do pregão", declarou a delegada.
Participam da operação 8 delegados, 5 escrivães, 35 investigadores de polícia, das Delegacias Fazendárias, Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gerência de Operações Especiais (GOE), além de peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).Os suspeitos poderão responder fraudes a licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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