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domingo, 19 de abril de 2015

"ARTIGO : Não existem mais Jecas-tatus"

 Nesta semana assisti à palestra do agrônomo Xico Graziano, no seminário CresceMT, do Senar. Há alguns anos escrevi aqui neste espaço um artigo defendendo a agricultura contra os preconceitos urbanos em relação ao agricultor e aos seus métodos. Citei na época, e desagradei a muita gente, que professores de universidades e educadores de maneira geral, tem esse preconceito urbano. Passaram-se sete anos desde aquele artigo e pouco mudou.
            Xico Graziano lembrou que o Brasil talvez seja o único país do mundo onde quem produz comida é odiado por quem produz discurso. Ele lembrou a figura folclórica do Jeca-tatu, criada pelo escritor Monteiro Lobato em 1918. Encontrei uma definição do Jeca Tatu: “O personagem de Jeca representa toda a miséria e atraso econômico do país de então, e o descaso do governo em relação ao Brasil rural. Jeca Tatu foi caracterizado por Monteiro Lobato como um homem desleixado com sua aparência e higiene pessoal, sempre de pés descalços e que mantinha uma pequena plantação apenas para subsistência.”
            Aquele Jeca Tatu não existe mais. Em seu lugar surgiu um empresariado rural que há 30 anos teve pecados na ocupação da terra, por desconhecimento da ecologia tropical e por indução do governo federal que orientava o desmatamento para garantia do título de propriedade. Aquele produtor já se aposentou ou morreu. O negócio está na terceira geração, dirigido por herdeiros com graduações, pós-graduações e doutorados em universidades de renome nacionais e internacionais. Conectado com as tendências mundiais modernas, na verdade, adiantou-se àquela visão universitária presa no Jeca Tatu. A visão urbana deformada ainda teima e estigmatizar uma realidade completamente diversa.
            Xico Graziano contou que em recente palestra que assistiu em universidade pública no Brasil, ouviu horrores sobre a relação da agricultura com o meio ambiente e com a sociedade. Constatou que eram dados de 1970. Propositalmente desvirtuados. Claro que são desvirtuados pela ótica míope de uma educação esquerdizada.  A questão ambiental foi resumida por Graziano dizendo que hoje ambientalistas e agricultores devem caminhar juntos na produção e na preservação. Mas no futuro, crê, os ambientalistas serão os próprios agricultores. E defende: pelo único caminho possível, o da educação. Por minha conta e risco acrescento que neste momento a agricultura moderna precisa menos da educação do que precisa a educação urbana ideologicamente orientada contra a produção rural. Voltarei ao assunto.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

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