A alíquota para repasse, por parte da União, não é atualizada há 16 anos. O senador Republicano também cobrou esclarecimentos sobre a criação de novo curso de medicina no município.
O senador Wellington Fagundes (PR-MT) pleiteou no Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (16), a revisão do teto financeiro para medicina de média e alta complexidade que é repassado à Secretaria de Saúde de Barra do Garças. O prefeito do município, Roberto Farias, também participou da audiência.
Wellington destaca que Barra vem sofrendo com dificuldades em adquirir equipamentos, medicamentos e infraestrutura, em especial nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). “A insuficiência de repasses por conta do teto acaba tornando o sistema de saúde local consideravelmente precário”, adverte.
O republicano afirma que a ampliação do teto em Barra do Garças, cidade polo no atendimento em saúde, irá dar suporte também aos municípios vizinhos. “Barra do Garças poderá dar guarida, além de seus habitantes, para tantas outras cidades que buscam tratamento por lá, como por exemplo Pontal do Araguaia, Aragarças/GO, Torixoréu, Nova Xavantina, e Água Boa. A demanda de saúde é sempre crescente, e não podemos deixar de exigir providências cabíveis", completa.
O prefeito Roberto Farias assinalou que a elevação do teto não é repactuada há 16 anos. “Está muito defasada, dando prejuízo para o município, que tem gastado mais de 35% de sua verba total com Saúde. Como é uma questão tripartite - Estado, União e Municípios -, viemos reivindicar este direito”.
O prefeito garantiu que há necessidade de a União compensar Barra do Garças pelo atendimento que realiza também aos municípios vizinhos. “Somos municipais para receber e regionais para atender. Então nós viemos aqui juntamente com o senador para relatar esse imbróglio, esse problema que já advém de muitos anos e precisa ser equacionado, cobrou.
Educação Superior
Wellington Fagundes também levou ao ministério, junto ao diretor e mantenedor da Univar, Marcelo Soler, as demandas do ensino superior do município, para que haja diálogo da pasta junto ao Ministério da Educação (MEC) pela criação do curso de medicina para a universidade. O pleito foi iniciado em 2013.
Apesar de cumprir com os requisitos necessários para a criação, ao final de outubro daquele ano, Barra do Garças não foi contemplada. De acordo com o MEC, para a instalação do curso, à época, era preciso que a cidade tivesse mais de 70 mil habitantes. Segundo dados do IBGE o município possui cerca de 57 mil, o que inviabilizaria a inclusão no programa. Porém, Wellington destaca o fator regional ao qual o município está inserido.
“A necessidade continua, e eu torno a repetir o que falamos ao ministro: se olharmos Barra do Garças de forma individual, realmente não atingimos o limite determinado pelo ministério. Mas a cidade está diretamente ligada os municípios de Pontal do Araguaia e Aragarças e presta atendimento a elas. Isso deve ser levado em consideração”, assegura o senador.
Justina Fiori
Nenhum comentário:
Postar um comentário