Em busca de mais transparência
e interação com os
cidadãos, o Senado vem ampliando
a presença nas redes
sociais. De janeiro a agosto, o
total de seguidores da Casa no
Facebook mais do que dobrou,
de 277 mil para 584 mil. Além
disso, de acordo com o site
Quintly, a página do Senado
no Facebook chegou à posição
de número 1 no mundo na
semana passada entre instituições
de governo em termos
de engajamento.
O ranking, embora não seja
exaustivo, leva em conta o total
de fãs de páginas e a quantidade
de pessoas interagindo
com as publicações, o que
é medido pelo número de
compartilhamentos, curtidas e
comentários. No levantamento
do Quintly, que considera perfis
de relevância mundial como
o da Nasa e o da Casa Branca,
há apenas quatro páginas brasileiras
entre as 20 primeiras.
Ao lado do Senado, aparecem
o Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), a Prefeitura de Curitiba
e o Ministério da Saúde.
Nova equipe
O resultado foi puxado pelo
alcance conquistado nos últimos
30 dias e, especialmente,
pela quebra de um recorde:
no período, um post sobre
educação alcançou, sozinho,
19,7 milhões de pessoas.
— A formação da equipe
ajudou muito.
Trouxemos
pessoas com experiência
na área e conseguimos
estruturar e dividir
melhor o trabalho.
O resultado disso
apareceu nas
estatísticas —
avalia Silvia Gomide,
coordenadora
do Núcleo de
Mídias Sociais do
Senado, que é ligado à Secretaria
de Comunicação Social
(Secom).
Esta é a segunda vez que a
página do Senado — que traz
informações sobre projetos,
debates, votações e atividades
institucionais — atinge a posi-
ção de liderança entre as instituições
de governo no mundo.
O mesmo havia acontecido em
novembro de 2014, de acordo
com análise feita pela própria
equipe do Senado. Na época,
756 mil internautas estavam
envolvidos com os posts.
— Embora o número de seguidores
seja mais usado como
referência, o engajamento é
ainda mais importante porque
mede a interação — diz Silvia.
Segundo ela, outro dado relevante
é o alcance. Embora a
página no Facebook tenha 584
mil seguidores, a média diária
de visualizações dos posts é
bem maior: 2 milhões.
De acordo com Silvia, as
postagens que geram maior
interesse tratam de assuntos
com interferência na vida das
pessoas. As mais lidas são as
relacionadas à educação.
Exemplo disso é o post que
alcançou mais de 19 milhões
de pessoas. Publicado no
dia 19, trata da aprovação do
PLS 189/2012
na Comissão
de Educa-
ção (CE).
A proposta, de Cristovam
Buarque (PDT-DF), amplia as
punições para os pais que não
comparecerem às reuniões
nas escolas dos filhos. A mensagem
foi compartilhada 133
mil vezes, teve 680 mil curtidas
e gerou 140 mil comentários.
Linguagem
No último dia 12, a equipe
de mídias sociais da Secom
fez a primeira ação conjunta
do Senado em parceria com
outros órgãos de governo.
O
post “E agora, quem poderá
me defender?” alcançou 3
milhões de pessoas. Mais de 79
mil interagiram com a publicação,
sendo 49 mil curtindo,
27 mil compartilhando e 2,6
mil comentando.
O primeiro passo para a ação
foi a produção de reportagem
explicando aos cidadãos quais
órgãos do governo devem ser
procurados diante de vários
tipos de violações de direitos.
Em seguida, a equipe contatou
colegas que administram perfis
nas redes sociais de outros
órgãos de governo. Assessorias
de senadores também foram
convidadas.
Adaptar o conteúdo da atividade
legislativa à linguagem
das redes sociais é tarefa que
exige cautela e bom senso.
— A gente utiliza linguagem
mais informal.
Estamos sempre tentando
achar o tom,
o que costuma
ser difícil. Pelos
números, temos
conseguido. É sinal
de que estamos
no caminho certo
— analisa Silvia.
SENADO
Nenhum comentário:
Postar um comentário