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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

"Audiência pública debaterá saúde mental, nesta segunda"

O tema inclui diversas doenças; depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, bem como, o alcoolismo e o abuso de drogas.
Requerida pelo deputado estadual, Dr. Leonardo (PDT), a audiência pública pretende trazer a elaboração de um modelo de assistência em saúde mental, levando em conta a rede de atendimento existente e o melhoramento de sua eficiência. A audiência será realizada no auditório Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa, a partir das 18h30.
Para debater o assunto, o parlamentar convidou a Associação Mato-grossense de Psiquiatria, o Centro de Valorização da Vida (CVV), Secretaria de Estado de Saúde (SES), Conselho Regional de Psicologia, Assistência Social, Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, entre outras entidades, órgãos e conselhos.
Segundo Dr. Leonardo, os ambulatórios de saúde mental, com acesso às unidades psiquiátricas, em hospitais gerais ou hospitais psiquiátricos, são indispensáveis para uma rede de tratamento eficaz.
A atual crise na rede de assistência em saúde mental se deve, entre outros motivos, aos cortes de verbas que são repassadas às entidades para o atendimento, via Sistema Único de Saúde (SUS) e reflete uma situação nacional, diante do contingenciamento de recursos pelo Ministério da Saúde. O Hospital Paulo Tarso, referência em saúde mental em Rondonópolis, vem sofrendo desde 2003, pela diminuição de repasses por parte do estado.
“Temos que trazer para fora este assunto, chamar a atenção da sociedade, dos nossos governantes e restabelecer as discussões do que está errado e encontrarmos uma solução para a negligência com a saúde mental”, destacou.
SUICÍDIO
A saúde mental inclui diversas doenças, como a depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, bem como, o alcoolismo e o abuso de drogas. Com índices alarmantes de suicídio, por conta dessas doenças, o deputado Dr. Leonardo apresentou um Projeto de Lei que institui o Plano Estadual de Combate ao Suicídio.
O Plano tem por objetivo identificar os possíveis sintomas e tratar o transtorno mental ou psicológico, oferecendo acompanhamento aos indivíduos que apresentarem o perfil, minimizando a evolução dos quadros que podem chegar ao suicídio.
Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 804 mil pessoas cometem suicídio todos os anos – taxa de 11,4 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, sendo que 75% dos casos envolvem pessoas de países onde a renda é considerada baixa ou média. No Brasil o elevado número de suicídios é alarmante e o coloca entre os dez países com as taxas mais elevadas da morte auto infligida. Em 2012, foram registradas 11.821 mortes, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres.
Em Cuiabá, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) registrou 19 casos, sendo nove vítimas somente no mês de abril, deste ano. Do total, oito pessoas sofriam de depressão. No mesmo período do ano passado, 12 pessoas suicidaram e sete delas tiveram a depressão apontada como causa.
Os dados apontam para um crescimento de 58% dos casos nos primeiros quatro meses deste ano. Durante todo o ano de 2014, foram 39 casos e 30 vítimas eram depressivas. As outras causas são relacionadas ao uso de drogas, álcool e passional.
Lis Ramalho

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