Os projetos de mobilidade urbana do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sofrerão uma redução de 20% a 25% em 2016, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira (15). De acordo com o chefe do Departamento de Mobilidade e Desenvolvimento Urbano do BNDES, Rodolfo Torres, 2017 também será ano de queda. Para ele, com a crise atual, a chegada de mais projetos fica inibida.
O deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP), vice-presidente da CPI do BNDES, criticou a redução nos recursos, e destacou que a mobilidade urbana é um dos graves problemas do Brasil. “Esse é um dos temas que deve ser priorizado. Reduzir valores na mobilidade, principalmente no transporte público, leva o país a agravar ainda mais a crise. Falta definição de prioridades por parte do governo federal que, por muito tempo, adotou uma política que se mostrou inadequada”, disse.
Haddad afirma que os recursos do BNDES são “direcionados” e que vão “ao encontro dos interesses do PT e dos partidos aliados”. “As investigações mostraram claramente que o BNDES serviu como um caixa para obras indicadas pelo PT. E agora naturalmente faltam recursos. Isso vai agravar, ainda mais, todo esse quadro de transporte público e consequentemente o do desenvolvimento”, declarou.
Na opinião do deputado tucano, o BNDES poderia ser usado como instrumento importante para o desenvolvimento econômico. “O banco poderia dar o auxílio e o estimulo necessários para que as nossas empresas produzissem mais, ampliassem seu parque tecnológico e o parque industrial. É uma pena, é lamentável, e mostra os inúmeros desencontros, equívocos com que a política adotada pelo BNDES tem causado”, explicou.
Sobre a preferência adotada pelo banco de investir em obras de países estrangeiros, Haddad afirma que essa medida em nada contribuiu para o avanço do Brasil. “Essa seletividade nos investimentos realizados junto a países como Cuba, Angola, Moçambique, Venezuela, a uma taxa de juros menor do que aquela adotada no mercado interno tem se mostrado suspeita, pouco contribuiu com o desenvolvimento do pais e mostraram resultados pífios”, afirmou.
O parlamentar acrescentou que as ações do banco para estimular as empresas nacionais, a geração de empregos e o estimulo de novas tecnologias não se mostraram eficientes. “O que nós tivemos foi uma linha de credito para países alinhados com a ideologia do PT. Na verdade, essa seletividade trouxe retornos financeiros importantes para alguns partidos e para alguns políticos”, concluiu.
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