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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

"Clima: Senado do Futuro vai estimular debate em pesquisas e controle do desmatamento"

No `5º Congreso del Futuro`, no Chile, Wellington Fagundes diz que o debate e a mobilização serão fundamentais para ajudar a encontrar melhores caminhos para a sociedade.
"Melhorar investimentos em pesquisas e promover a estruturação dos órgãos ambientais para controle dos desmatamentos. Esse é, sem dúvidas, o caminho para o Brasil ampliar sua contribuição na solução dos problemas climáticos mundiais”. A afirmação foi feita pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT), presidente da Comissão Senado do Futuro,  ao participar do segundo dia do ‘5º Congreso del Futuro’, em Santiago do Chile. Ele acompanhou a palestra proferida por Steven Chu, vencedor do Prêmio Nobel de Física, que abordou os desafios sobre o tema.

Segundo o senador, o Brasil tem sido protagonista na luta pela melhoria das condições climáticas no mundo. Ele celebrou os resultados da Conferência do Clima da ONU, a COP-21, que firmou acordo histórico onde, pela primeira vez, quase todos os países do planeta se esforçarão para reduzir as emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento global. Porém, o parlamentar expôs a necessidade de avançarmos ainda mais.
Wellington considera necessários investimentos nas pesquisas, de forma a permitir que a sociedade possa avançar e usufruir dos recursos naturais de forma sustentável, atenuando os impactos de sua ação. “E isso se faz com pesquisas” – disse. Ele adiantou que a Comissão Senado do Futuro pretende, este ano, também trabalhar nessa linha de atuação. Na COP-21, ficou assegurado que os países desenvolvidos irão bancar US$ 100 bilhões por ano em medidas de combate à mudança do clima e adaptação em países em desenvolvimento.
O senador republicano mostrou-se especialmente preocupado com os dados sobre o desmatamento - um dos elementos que contribuem para ampliar os problemas climáticos. Estudos produzidos pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), comprovaram que o desmatamento amazônico, em Mato Grosso, aumentou em 40%, de agosto de 2014 e julho de 2015. O estudo aponta que o Estado é o segundo do Brasil com a maior área de florestas derrubadas.
Em sua palestra no Parlamento chileno, o Nobel de Física, Steven Chu, destacou que existem duas respostas para as atuais mudanças climáticas: suavizá-las, tomando ações “para reduzir a possibilidade de que algo mau aconteça” ou se adaptar. Segundo ele, as mudanças no clima são um fato, e é fundamental “modificar estruturas para solucionar os problemas”. O primeiro passo – ele acrescentou – é entender quais são os riscos que enfrentamos. Daí a necessidade do desenvolvimento de novas pesquisas.
Medicina para Todos? – Wellington também participou do Painel “Século XXI: Medicina para Todos?”. Ele acompanhou a palestra de Guillaume Leroy, doutor em Farmácia e líder da equipe de prevenção à dengue do Instituto Pasteur da França e também a exposição do médico pesquisador Peter Seeberger. “A situação é extremamente preocupante” – disse, a par dos dados apresentados no evento.
Atualmente, quase metade da população mundial está em risco. Calcula-se em torno de 390 milhões de pessoas infectadas neste momento. “A cada ano 500 mil pessoas tem dengue muito severa, que requer hospitalização. A hospitalização é uma grande carga no sistema de saúde” – lembrou Guillaume Leroy.  A incidência de dengue aumentou 30 vezes nos últimos 50 anos. Não há nenhum tratamento específico para a enfermidade.
Leroy administra uma equipe internacional e interdisciplinar de mais de 500 funcionários dedicados ao desenvolvimento e lançamento de uma vacina plenamente eficaz contra a dengue no mundo. O trabalho dele permitiu criar um medicamento que recebeu, no final do ano passado, autorização para ser comercializada no México, Filipinas e Brasil.  "A dengue agora é uma vacina feita para prevenir a própria dengue" - entusiasmou-se.

Por sua vez, Seeberger alertou para a urgente necessidade de convencer as empresas produtoras de medicamentos para que avancem e produzam medicamentos mais acessíveis, em detrimento ao ganho comercial. Nessa linha, o medico pesquisador foi enfático: atualmente, 43% dos medicamentos contra a malária vendidos na África são falsos. “São falsos porque os preços são muito altos. O gasto por pessoa, por ano, na África subsaariana, são 50 centavos por indivíduo. Por isso temos sempre que investir em novas tecnologias e métodos de produção alternativos" - defendeu.


Da Assessoria

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