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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

"Nininho quer criar CPI da JBS/Friboi na AL para investigar fechamento de frigoríficos"

“Tivemos o desprazer de receber um grupo como esse que veio apenas para extorquir o nosso Estado que não contribuiu em nada com Mato Grosso. Vou mais além, quero contar com a ajuda de todos os colegas para criar a quinta CPI desta Casa”, afirmou o parlamentar.
Durante a oitiva da CPI da Sonegação Fiscal da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso nesta quinta-feira (04) com o diretor do grupo JBS S/A Friboi, Valdir Aparecido Boni, o primeiro-secretário da Casa, deputado Ondanir Bortolini (PR), Nininho, subiu o tom das acusações e afirmou que o grupo criou um monopólio, prejudicando muitos pecuaristas e por isso irá apresentar um requerimento para a instalação da Comissão Parlamentar Inquérito (CPI) da JBS/Friboi.

Nininho afirmou ainda que a empresa teve acesso a financiamentos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) que totalizam mais de R$ 5 bilhões para expandir seus negócios no exterior. “Se estão monopolizando o comércio aqui, usufruindo de nossos incentivos fiscais e ainda tem financiamento do BNDES, por que estão desempregando tantos pais de família?”, dispara Nininho.
Segundo informações fornecidas pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o grupo comprou 22 plantas de frigorífico no Estado e já fechou 12 unidades em vários municípios mato-grossenses, inclusive em Cuiabá.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Laticínios do Portal da Amazônia (Sintracal), José Evandro Navarro, afirmou que a JBS nunca cumpriu o acordado com o governo do Estado. “Sobre os incentivos fiscais concedidos à JBS pelo governo do Estado (gestão Silval Barbosa), em relação ao PRODEIC (Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso), o sindicato teve conhecimento deste benefício fiscal, porém, tentamos por várias vezes discutir com a JBS sobre o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para os trabalhadores, visto que pelo benefício é uma das contra partidas obrigatórias por parte da empresa, a mesma sequer quis tratar do assunto sobre o pagamento de PLR aos seus trabalhadores, sendo beneficiária deste incentivo fiscal, não cumpriu sua obrigação junto aos trabalhadores”, informou o presidente.
Navarro afirma, ainda, que o problema maior é que só na região que o sindicato atua, a JBS comprou vários frigoríficos que estavam em funcionamento e fechou as portas. Confira as informações fornecidas pelo Sintracal sobre alguns municípios:
Matupá - a JBS S/A fechou uma planta em meados de Julho de 2015, demitindo cerca de 300 trabalhadores, não negociou previamente o fechamento desta planta junto ao sindicato.
Colíder – Neste município a empresa mantinha uma unidade arrendada do antigo frigorífico Quatro Marcos, unidade que abriu de 2009 a 2011, e fechou, demitindo cerca de 500 trabalhadores na época, a JBS comprou esta unidade e ainda outra no município, porém mantém apenas uma em funcionamento. Além disso, possui uma planta de produção de biodiesel (a partir de sebo de animal) que também está fechada.
Sobre o fechamento de outras unidades em Mato Grosso, o Sintracal afirma ter conhecimento das plantas: de Cuiabá (500 demissões), de São José dos Quatro Marcos (600 demissões) e de Vila Rica com mais 650 demissões.  
Ainda segundo José Navarro, em Brasnorte a empresa JBS adquiriu uma planta frigorífica nova, nunca operada, e não cumpriu um TAC para a abertura, mantendo-a fechada.
Para Nininho, este monopólio inviabilizou a criação de gado de corte em muitas regiões. “Mato Grosso deve muito aos produtores rurais, neste caso temos que ajudar os pecuaristas, em Alta Floresta, a JBS inviabilizou a recria e engorda de boi que não conseguem mais competir, pois esse grupo criou o monopólio e dita o valor da arroba do boi a ser vendida. Isso é inadmissível, quero saber que mágica é essa de se dar o luxo de pagar milhões em plantas frigoríficas, depois fechar as portas e deixar todos os equipamentos enferrujando. Hoje em dia, o produtor é obrigado a vender seu gado a preço de banana para um grupo corrupto e canalha como este”, protesta Nininho.   
“Se com a CPI, eles não se sentirem confortáveis, será um favor para nós que eles se retirem do nosso Estado”, finaliza.
Nininho não descarta estender as investigações para os outros grandes grupos de frigoríficos que possam estar envolvidos em negócios ilícitos no Estado. O parlamentar deverá coletar 16 assinaturas dos parlamentares para viabilizar a quinta CPI da Assembleia Legislativa.

Sintracal

O Sintracal representa trabalhadores de 16 municípios do extremo Norte de Mato de Grosso, que inclui em sua base: Alta Floresta, Nova Bandeirantes, Apiacás, Nova Monte Verde, Paranaíta, Carlinda, Nova Canaã do Norte, Colíder, Terra Nova do Norte, Nova Santa Helena, Nova Guarita, Marcelândia, Peixoto de Azevedo, Matupá, Guarantã do Norte e Novo Mundo.  Hoje, aproximadamente quatro mil trabalhadores são representados pelo sindicato. 

Ieda Barros

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