Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

"Novo rebaixamento do Brasil em agência de risco repercute na Câmara"

A Moody’s foi a terceira agência internacional a tirar o selo de bom pagador do País.
Repercutiu na Câmara dos Deputados a notícia do rebaixamento da economia brasileira, nesta quarta-feira (24), pela agência de classificação de risco Moody's. A nota do País caiu dois degraus, passando de Baa3 para Ba2. Ou seja, o Brasil perdeu o selo de bom pagador ao sair do último nível de grau de investimento e entrar na categoria de especulação. A perspectiva é negativa, uma vez que o País ainda pode sofrer novo rebaixamento.
A Moody’s foi a última entre as três grandes agências internacionais de risco a cortar a nota de crédito nacional.
Gustavo Lima 
Ordem do Dia destinada a analisar o Projeto de Lei 3123/15, do Poder Executivo, que regulamenta a aplicação do teto remuneratório para todo o funcionalismo público nas esferas federal, estadual e municipal. Dep. Pauderney Avelino (DEM-AM)
Pauderney Avelino culpou o governo: "O Brasil precisa de um ajuste fiscal sério, de austeridade na condução da política econômica"
Deputados da oposição culparam o governo Dilma Rousseff pelo rebaixamento. Para o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), o corte reflete o caos político e econômico vivido pelo País.
“Não se consegue retomar a economia se não se resolver a política. O Brasil precisa de um ajuste fiscal sério, necessita de austeridade na condução da política econômica. É o que nós não temos, apontam as agências de risco”, afirmou o líder.

O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), vice-líder do partido, também criticou o desempenho do Executivo. “Os cortes orçamentários [promovidos pelo governo desde 2015] não levam a lugar nenhum. Eles só deterioram a qualidade do serviço público. O Planalto não quer enfrentar a mãe das reformas, que é cortar o Estado pela metade”, sustentou.
Possibilidade de melhora
Por sua vez, o vice-líder do PT deputado Enio Verri (PR) admitiu que o rebaixamento reflete a fragilidade econômica e política brasileira. Ele acredita, no entanto, que a nota pode ser melhorada, se Executivo e Legislativo se empenharem no ajuste econômico.


dep. Enio Verri
Já para Enio Verri, a oposição tem grande responsabilidade na situação atual, pois não deixa passar projetos "necessários ao bem do País"
“Essas agências sinalizam tendências para o mercado, em especial o financeiro. É muito rápido, porque esse segmento é altamente especulativo”, comentou . “Assim que conseguirmos encerrar essa questão do impeachment da presidente Dilma, aprovarmos a CPMF e fecharmos o debate do ajuste econômico, naturalmente a avaliação pode ser alterada”, cogitou Verri.
Em nota à imprensa, o Ministério da Fazenda reiterou que a posição das agências não altera o comprometimento com o ajuste fiscal e com reformas, como a previdenciária, que deve ser enviada ao Congresso até abril.
Avaliação do governo
Também repercutiu entre os parlamentares a melhora na avaliação do governo Dilma, constatada em pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta quarta. Conforme o levantamento, 11,4% dos entrevistados analisaram positivamente a gestão da presidente e 62,4% de forma negativa. Na sondagem anterior, divulgada em outubro de 2015, o governo foi avaliado de forma positiva por 8,8% dos entrevistados. Na ocasião, 70% haviam avaliado negativamente.

Pauderney Avelino atribuiu a melhora à margem de erro das pesquisas. Enio Verri rebateu dizendo que a oposição está “afundada em mágoas e ainda não admitiu a sua derrota” nas eleições. Para Verri, a oposição tem uma grande responsabilidade quanto à situação do Brasil, uma vez que não deixa passar projetos “necessários ao bem do Brasil”.
Avelino, porém, apontou que o papel da oposição é criticar e fiscalizar o governo, não propor soluções.
Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Marcelo Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário