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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

"Resíduo sólido provoca suspensão da atividade industrial no Noroeste de Mato Grosso"

Sem condições de pagarem as multas dado as constantes pressões ambientais impostas ao setor as empresas correm o risco de encerrar definitivamente a atividade.
O setor de base florestal, responsável pelo 4º lugar na economia de Mato Grosso, vive um colapso sem precedentes. Desde a última terça-feira (26), as indústrias madeireiras foram surpreendidas com a visita de fiscais do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que além de aplicarem autuações com multas de valores gigantescos e desproporcionais, está suspendendo as atividades e impedindo as indústrias de atuar.
A alegação do órgão ambiental é que foram encontradas irregularidades no armazenamento dos resíduos sólidos gerados no processo de desdobro da madeira pelas serrarias e beneficiadoras de madeira daquele município.

Sem uma política instituída e que auxilie na resolução do problema da geração dos resíduos, o Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno) vê com preocupação as autuações e suspensão das atividades dessas indústrias. Sem condições de pagarem as multas em virtude da atual conjuntura econômica do país e das constantes pressões ambientais impostas ao setor nos últimos anos, as empresas correm o risco de encerrar definitivamente a atividade, haja vista que cada uma das multas supera o valor de R$ 500,000 mil reais e um prazo de 30 dias para quitação.
De acordo com o Presidente do sindicato, Roberto Rios Lima, o governo deveria olhar com mais cuidado para a geração de divisas considerando que a manutenção do Estado depende principalmente de recursos oriundos da produção e comercialização. Se houvesse uma política que atendesse a questão dos resíduos, esse material poderia ser convertido em matéria prima para a confecção de brinquedos, briquetes e outros produtos, gerando mais emprego e renda nos municípios ao invés de apenas ser classificado como “problema ambiental”.
O sindicato, com apoio do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (FIEMT) busca, como medida emergencial, a possibilidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que dentre os termos conceda o prazo necessário para as indústrias encontrarem uma solução e retomarem suas atividades.

Na manhã desta sexta-feira (29), o presidente Rios, juntamente com o vice Paulo Veronese, Valdinei Bento dos Santos representando o Cipem, Vivian e Willian da assessoria do Deputado Estadual Oscar Bezerra (PSB), mantiveram reunião com o superintendente substituto do IBAMA em Mato Grosso, Allan Valezi Jordane, sobre essas autuações.
Nos autos, consta que as três indústrias foram autuadas e tiveram suas atividades suspensas por não possuírem o Plano de Gerenciamento de Resíduos, o que não condiz com a realidade, já que o plano é imprescindível para a liberação da licença de operação.

Jordane explicou que as indústrias, na realidade, foram suspensas por lançar resíduos sólidos in natura a céu aberto ainda que possuam o Plano de Gerenciamento de Resíduos. “A infração pode ser por ausência do plano de resíduos bem como por exercer a atividade em desacordo. Mesmo que você possua uma licença mas não a exerce de acordo com as condicionantes que a mesma determina pra efeitos na prática ela está sendo descumprida e a caracterização da infração é a mesma”, disse.

O superintendente salientou que o embargo é feito para reparar o dano pelo motivo da irregularidade, comprovando que o objeto da autuação não existe mais o embargo é suspenso. Com relação à multa, é parecido com decisão judicial verificando autoria e materialidade. Se comprovado é mantida, caso contrário pode ser cancelada. Isso não ocorre de imediato, o processo precisa cumprir os trâmites.
O presidente Rios explicou que o próximo passo é buscar junto a Prefeitura de Colniza um local apropriado para a armazenagem dos resíduos e apoiar os industriais na negociação dos termos do TAC para a retomada das atividades das indústrias.

“Até quando o setor de base florestal do país será submetido a uma legislação inadequada e controversa seja na esfera estadual ou federal? Não bastasse a burocracia excessiva na liberação de planos de manejo que acabam por comprometer as safras o que se repete ano após ano, ainda temos que lidar a falta de incentivo por parte das autoridades governamentais e pior, com as severas punições pelos órgãos ambientais que apenas se dedicam em ações de comando e controle sem qualquer preocupação em auxiliar na sustentabilidade da produção de qualquer segmento industrial”, ressaltou o presidente.
Oziane Rodrigues 
Contato: (65) 9338-5669 ou 3644-3666

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