Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

Governo de Mato Grosso

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Yoweri Museveni, há 29 anos no poder, vence eleição em meio a denúncias de fraude, numa votação marcada pela desconfiança. Observadores internacionais apontam falta de transparência.
A comissão eleitoral de Uganda declarou neste sábado (20/02) o presidente Yoweri Museveni, no poder no país há quase três décadas, como o vencedor das eleições presidenciais. O resultado foi contestado pela oposição.
Segundo a comissão, o candidato opositor Kizza Besigye, do partido Fórum pela Mudança Democrática (FDC), teve 35% dos votos. O presidente da legenda divulgou uma declaração denunciando fraude nas apurações.
"Convoco todos os ugandenses e a comunidade internacional a rejeitar e condenar a fraude e divulgá-la ao máximo possível", afirmou Mugisha Muntu.
As eleições, realizadas na última quinta-feira, foram prejudicadas pela entrega tardia de materiais de votação, incidentes esporádicos de violência e pela desativação das redes sociais. Membros da oposição, em especial do FDC, foram hostilizados, e Besigye chegou a ser colocado sob prisão domiciliar na sexta-feira.
Seus apoiadores organizaram uma passeata de protesto em Kampala, mas acabaram cercados pela polícia, que utilizou bombas de efeito moral e armas de choque contra os manifestantes.
Um observador da União Europeia descreveu um ambiente intimidador durante as eleições, "criado principalmente por membros do governo". O chefe da missão europeia, Edward Kukan, denunciou a falta de transparência da comissão eleitoral e a desconfiança dos partidos políticos.
O secretário-geral dos Estados Unidos, John Kerry, conversou por telefone com Museveni para ressaltar que o progresso de Uganda depende da "adesão aos princípios democráticos no atual processo eleitoral".
Museveni, um aliado do Ocidente contra milícias islamistas, está no poder há 29 anos. Esta é a quarta vez que ele derrota Kizza Besigye, que, antigamente, era seu médico pessoal.
Ele é elogiado por conduzir Uganda em meio a um forte crescimento econômico, mas enfrenta acusações de repressão contra dissidentes e de fracassar em lidar com a crescente corrupção no país, que tem 37 milhões de habitantes.
RC/ap/dpa

Nenhum comentário:

Postar um comentário