Pessoas que contribu-
íram na luta pelos direitos
da mulher e em questões de
gênero receberão amanhã,
Dia Internacional da Mulher,
o Diploma Mulher-Cidadã
Bertha Lutz. A cerimônia está
marcada para as 11h em sessão
solene do Congresso.
Entre os premiados deste
ano, estão a escritora Lya Luft,
a ex-ministra do Supremo
Tribunal Federal (STF) Ellen
Gracie e o ministro do STF
Marco Aurélio Mello, primeiro
homem a receber o prêmio.
Também está na lista dos agraciados
a cirurgiã-dentista Lucia
Regina Antony, ex-vereadora
em Manaus, líder feminista,
fundadora e ex-presidente do
Comitê de Mulheres da Universidade
Federal do Amazonas
(Ufam) e da União de Mulheres
de Manaus. A outra premiada é
a militante nas áreas de raça e
gênero Luiza Helena de Bairros,
ex-ministra-chefe da Secretaria
de Promoção da Igualdade
Racial do Brasil.
A indicação de Marco Aurélio
deu-se porque em 2014, como
presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), ele lançou a
primeira edição da campanha
Mais Mulheres na Política, que
incentiva a mulher a concorrer
a cargos eletivos. A iniciativa foi
motivada por emenda proposta
pelo Senado na minirreforma
eleitoral (Lei 12.891/2013) que
estabelece que o TSE, em anos
eleitorais, pode fazer propaganda
institucional para incentivar
a participação feminina.
Marco Aurélio também ajudou
a conceber a ideia publicitária
“Todo poder às mulheres”,
defendendo condições que
favoreçam a maior participação
feminina em todas as instâncias
de poder e na sociedade.
O Diploma Bertha Lutz foi
criado em 2001 e já premiou
75 mulheres. Entre elas, Maria
da Penha, farmacêutica que
inspirou com sua luta pessoal
a aprovação da lei que leva
seu nome, e Zilda Arns (1934-
2010), que coordenou a Pastoral
da Criança.
Pioneira feminista
O nome do prêmio homenageia
a bióloga Bertha Maria
Julia Lutz (1894-1976), uma das
pioneiras do movimento feminista
no Brasil, responsável por
ações políticas que resultaram
em leis que deram direito de
voto às mulheres.
O Conselho do Diploma
Bertha Lutz, presidido pela senadora
Simone Tebet (PMDBMS),
é composto por 15 senadores
que escolhem, anualmente,
cinco pessoas entre as
indicadas por qualquer um
dos 81 senadores e senadoras.
Desde o ano passado, homens
também podem ser indicados.
Senado
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