O presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão, prorrogou, por 15 dias, o prazo de funcionamento da CPI do Carf, criada para investigar casos de compra de medidas provisórias (MPs) que beneficiaram o setor automobilístico e corrupção em decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão o Ministério da Fazenda encarregado de julgar recursos de empresas autuadas pela Receita Federal.
Lucio Bernardo Jr.

Fernades pediu prorrogação por 60 dias, devido ao grande número de pessoas envolvidas nas denúncias
O prazo original de funcionamento da CPI acabaria em 2 de julho. Na decisão, Waldir Maranhão aponta que a prorrogação é exclusivamente para que a CPI discuta e vote o relatório final, que será apresentado pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA).
O presidente da comissão, deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), tinha pedido prorrogação por 60 dias.
“Apesar de todos os esforços deste presidente
, do relator e dos demais membros do colegiado para que a comissão possa concluir seus trabalhos no prazo de 120 dias, constatamos que o grande número de pessoas envolvidas nas denúncias requer mais tempo para que seja realizada uma análise minuciosa das informações e para que possamos aprofundar as investigações”, alegou o presidente da CPI.
Nas últimas semanas, os trabalhos da comissão sofreram críticas de seus próprios integrantes diante das dificuldades para a aprovação de requerimentos de convocação de suspeitos de envolvimento, em especial de empresários, e em razão do comparecimento de depoentes que usaram o direito constitucional de permanecer calados e não responderam as perguntas.
O prazo da CPI foi prorrogado e precisa ainda ser referendado pelo Plenário da Câmara.
Reportagem - Antonio Vital
Edição - Marcia Becker
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