
Ainda segundo o órgão, a mulher de Cunha é a única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior que ultrapassam 1 milhão de dólares num prazo de sete anos, entre 2008 e 2014.
As investigações destacam que o montante é incompatível com os salários e o patrimônio legal de Cunha, atualmente afastado da Câmara por tentar obstruir as apurações da Lava Jato. "As contas de Eduardo Cunha escondidas no exterior eram utilizadas para receber e movimentar propinas, produtos de crimes contra a administração pública praticados pelo deputado", informa o MPF.
Por meio da conta na Suíça, Cláudia também teria se favorecido de parte de valores de uma propina de cerca de 1,5 milhão de dólares, recebida pelo marido para "viabilizar" a aquisição, pela Petrobras, de 50% de um bloco de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011.
Segundo o MPF, parte dos gastos dos cartões de crédito foi usada por Cláudia para a compra de artigos de grife, como bolsas, sapatos e roupas femininas. Outra parte dos recursos foi destinada para despesas diversas da família Cunha, como o estudo dos filhos em escolas na Inglaterra e nos EUA.
Na mesma ação, Moro também aceitou denúncia contra outros três acusados: o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada, por corrupção passiva, o lobista João Augusto Rezende Henriques, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, e o empresário português Idalecio Oliveira, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
EK/dpa/ots
DW.COM
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