Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

PROGRAMA ADILSON COSTA com RÉGIS OLIVEIRA

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quinta-feira, 14 de julho de 2016

"ARTIGO : Inevitável"

Desde que cheguei a Mato Grosso, no distante 25 de agosto de 1976, vindo de Brasília, convivi com a enorme expectativa de futuro que sempre cercou o estado. Como, aliás, cercou o Centro-Oeste do Brasil, partindo de Brasília. Lá, convivi com o sonho de um Brasil brasileiro nascido na região pra superar o litoral copiado da Europa. A divisão do estado em 1977 que separou Mato Grosso do Sul estava dentro desse sonho. Na época era só sonho louco. Vencemos as adversidades e chegamos aonde chegamos.    Relembro sempre: nas minhas viagens de ida e volta de carro a Brasília, antes que minha família se mudasse pra cá, entre Goiânia e Cuiabá, que são 900 km, cruzava com duas carretas, simples caminhões trucks com dois eixos, pra 10 toneladas. Hoje passam 14 mil carretas de 30 a 50 toneladas diariamente entre Cuiabá e Rondonópolis. Em 40 anos, esse salto!  Vamos ao futuro. Dados do confiável  IMEA – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, indicam que a atual produção de grãos de 52 milhões/ton será de 88 milhões em 2025, daqui a 10 anos. Aumento de 88%. Assim como as carnes que também aumentarão 88,5%.

            Outras tendências do mundo, que servem pra contextualizar essa produção frente aos mercados mundiais. A população tende a migrar pras cidades cada vez mais, onde terá renda per mais alta e comprarão mais comida. A tendência será a especialização de regiões do mundo na produção de alimentos. É o caso do Centro-Oeste brasileiro e nele, Mato Grosso. Para isso, a tendência é a de investimentos internacionais crescentes em setores como o da infraestrutura de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias, além de projetos climáticos, economia sustentável de baixo carbono e explorações minerais. Tudo isso num prazo de 10 anos. É muita coisa pra pouco tempo.
            Ontem questionei aqui o planejamento governamental pra dar suporte a essa economia nova.  Vejo também a necessidade de uma estruturação do governo estadual para esses cenários. O governo não tem técnicos habilitados e tampouco comprometidos nessa direção. É o caso de colocá-los pra estudar. Ou contratar gente mais capaz.
            O assunto não se esgota aqui, mas fica a advertência. Chances extraordinárias baterão à nossa porta já amanhã.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
onofreribeiro@onofreribeiro.com.br    www.onforeribeiro.com.br

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