Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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PROGRAMA ADILSON COSTA com RÉGIS OLIVEIRA

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sexta-feira, 15 de julho de 2016

"ARTIGO: Orçamento do Resgate"

A aprovação, na quinta-feira, 14, do meu relatório à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso, trouxe mais que a exclusão da CPMF da relação de possíveis receitas para compor a meta fiscal, que prevê um déficit orçamentário de R$ 139 bilhões em 2017, ou que a garantia de que qualquer novo imposto só poderá ser considerado no orçamento se já tiver sido aprovado.O substitutivo apresentado ao projeto da LDO que foi encaminhado pelo Governo pode ser classificado como o caminho para resgatarmos os principais valores que se perderam nos últimos anos, com a retumbante crise política e econômica que o Brasil enfrenta. Como se sabe, as leis orçamentárias são os instrumentos de planejamento. Por isso, a Constituição Federal fixou prazos para que sejam encaminhadas ao Congresso, apreciadas, votadas e sancionadas.
Mas, por força do ‘destrambelhamento’ político-institucional que o Brasil sofreu nos últimos anos, tais leis passaram a ser votadas de forma extemporânea.

Assim sendo, ao assumir essa relatoria, mesmo com todos os atropelos que o Congresso Nacional vem vivendo, objetivei em primeiro momento resgatar o respeito que a LDO, pela sua própria natureza, deve ter.  Trabalhamos para que a matéria fosse colocada em votação dentro do prazo regimental.  Intensas reuniões e debates – muitas chegando ao final da noite e aos finais de semana – nortearam a meta de aprontar o relatório de forma a permitir que a proposta fosse à votação.

Outro importante resgate nesse trabalho diz respeito ao papel do próprio Parlamento como interlocutor direto com a sociedade, que é responsável por expor os anseios coletivos. Nessa proposta, priorizamos ações políticas que o Brasil de fato necessita, calcadas na retomada dos investimentos em obras e infraestrutura, gerando emprego e oportunidades.

Acolhemos a proposta que fixou um déficit de R$ 139 bilhões para a União como meta fiscal. Apesar da preocupação que a magnitude do déficit naturalmente nos traz, entendemos que se trata de estimativas que buscaram o realismo nas contas públicas – mais um acolhimento necessário. Procuramos extirpar a chamada ‘peça de ficção’ em que se transformou o Orçamento Público.

O momento é desafiador e se faz necessário conjugar outras medidas para que o déficit não seja ainda maior. Por isso, incorporamos também em nosso Relatório o mecanismo de limitação de despesas primárias constante da PEC 241/2016 e inovamos, ao inserir outras regras que a tornarão mais consistente.  Afinal, de nada adianta a inclusão no orçamento de despesas que não serão executadas. Essa situação acaba gerando enorme frustração na sociedade e desvaloriza o papel da LDO e do Parlamento.

Com tais inovações, nos aspectos da meta fiscal, da limitação da despesa e da estimativa da receita, entendemos que a LDO cumprirá efetivo papel na definição das diretrizes para a elaboração de um orçamento realista para o exercício de 2017.

Vale observar que estabelecemos ainda como prioridade a conclusão de obras inacabadas cuja execução física já tenha ultrapassado 50%. Quando temos recursos limitados, é preferível concluir os investimentos já iniciados a aumentar a quantidade de obras sem continuidade. Eu sempre digo: uma obra inacabada além de não servir para nada ainda gera prejuízos decorrentes de sua manutenção e retomada. Todos saem perdendo.

Propomos a obrigatoriedade de disponibilização pelo Poder Executivo de consulta informatizada unificada de todas as obras acima de R$ 50 milhões, custeadas com recursos do PAC. Algo que ainda não existe. Com isso, a sociedade terá muito mais facilidade em acompanhar a aplicação dos recursos públicos e reivindicar a sua adequada execução. Creio que vamos dar um ‘salto’ considerável no que tanto a sociedade nos pede por onde passamos: controle e transparência.

E também, claro, não poderiam faltar  medidas para o estímulo ao desenvolvimento dos Estados e Municípios. Tal situação está materializada na ampliação das emendas de bancada impositivas e ainda na garantia do Fundo de apoio às Exportações de 2017, o chamado FEX, que busca compensar Estados e Municípios pelas isenções fiscais atribuídas às exportações.

Dito isso, quero deixar aqui a minha dose espetacular de otimismo. E dizer que acredito no Brasil, acredito na força do povo brasileiro, acredito no Parlamento, e creio que a determinação nos encaminha para dias melhores, para horizontes de prosperidade.

Wellington Fagundes é senador da República por Mato Grosso

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