
O especialista em crimes eletrônicos também lembra que o trabalho das autoridades precisa requisitar junto à Justiça medidas para desarticular os grupos que são montados na internet com o objetivo de difundir as práticas perigosas. No jogo Baleia Azul, crianças e adolescentes são induzidos por um “mentor” a cumprir 50 tarefas diferentes, uma por dia, até o derradeiro desafio: cometer o suicídio. “Também precisamos de ações no sentido de desmontar esses grupos e suspender qualquer servidor ou prática que esteja permitindo a transmissão desse conteúdo na internet”, acrescenta Luis Felipe.
CONSCIENTIZAÇÃO Ainda segundo o presidente da Comissão de Crimes Eletrônicos da OAB/MG, a atuação para dar uma resposta aos crimes que podem acontecer dentro do jogo Baleia Azul deve extrapolar o ambiente da investigação e atingir crianças e adolescentes nas escolas, fomentando discussões nesses espaços que conscientizem os jovens a não embarcar nesse tipo de jogo. Dentro de casa, Luis Felipe Silva Freire afirma que os pais devem ficar atentos e orienta as pessoas caso identifiquem algum tipo de envolvimento dos filhos com brincadeiras perigosas como o Baleia Azul. “A internet já permite rastreamento pelos pais, por meio de aplicativos, das atividades dos filhos. Se perceberem alguma coisa, os pais devem procurar uma delegacia ou um advogado que tem experiência na área. Ele vai adotar medidas para quebrar o sigilo e localizar a pessoa, para preservar a prova e também para retirar o conteúdo do ar, além das ações necessárias para punir o criminoso”, diz.
Guilherme Paranaiba
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