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segunda-feira, 26 de junho de 2017

"Amaamt realiza exposição de arte e artesanato na Câmara de Cuiabá"

A Associação Matogrossense de Arte, Artesanato e Mototurismo (AMAAMT) realizará uma exposição no saguão da Câmara, que irá acontecer do dia 27 ao dia 29, das 07h:00 às 13h:30 A ação é promovida pela Amaamt e tem o apoio da Coordenadoria de Cultura e Resgate Histórico (CCRH) da Câmara. Para o coordenador da CCHR: “a exposição é uma oportunidade tanto para os expositores que terão espaço para apresentarem seus produtos, quanto para os servidores e a sociedade cuiabana, pois esses terão acesso aos produtos de vários artistas e artesãos os quais contribuem com seus ofícios com a arte popular no município e no Estado.

Serão expostos acessórios feitos de capim dourado, sementes de buriti, adornamento de chinelos, artesanatos indígenas, produtos relacionados à cultura do motorismo, dentre os outros produtos. Compareceram à Câmara os seguintes integrantes da Comissão Organizadora que farão a exposição que, além disso, são artesãos: Antônio Carlos Almeida Rios, mais conhecido como Carlão Baquite, Sônia Vieira, Raphael Ekhiriu Wina, Maria Aparecida e José Milton.

Para Carlão Baquite o espaço e o apoio da câmara: “é uma oportunidade não só de vender, mas também de divulgar o artesanato que tem, principalmente, a cara de Mato Grosso”. Ao falar do trabalho da Amaamt e dos artesãos, Baquite reflete: “Nós não trabalhamos com reducionismos, nosso trabalho é holístico e dentro desse prisma é que nós estamos tornando a Amaamt um espaço para artesão sem espaço, mas isso não significa que ela é reducionista porque nós, inclusive, já estamos recebendo e aceitando artesãos de qualquer associação, de Cuiabá, de Várzea Grande, de Rondonópolis, de Aldeias... Nosso trabalho é junto às famílias e às comunidades. A arte não tem barreiras, ela tem fronteiras, porque nós atravessamos as fronteiras com a arte, mas as barreiras a gente quebra”.

A Amaamt é uma associação que busca ser um suporte aos artesãos e artistas no município e no Estado de mato grosso e à sua criação se deu seu em virtude das poucas oportunidades que a arte popular tem tido no âmbito cultural de nosso município. Isso se que percebe nas poupas exposições desse gênero em nossa cidade, dentre outras premissas, a Amaamt considera em sua arte o respeito ao meio ambiente, a recuperação deste e a minimização dos efeitos da degradação ambiental ao usar como matérias-primas produtos recicláveis para confecção de suas artes.

Sônia Vieira falou sobre a vitrine que é expor seus produtos na Câmara, visto que há poucos espaços destinados a arte popular. Nesse mesmo contexto Raphael EkhiriuWina, índio da etnia terena, esclarece que “normalmente as pessoas vão às aldeias para fazer turismo e é só aí que temos a chance de comercializar, fora isso, são muito poucos os eventos em MT que possibilitam mostrar a cultura indígena, não só do meu povo, mas também de outros povos, então muitas vezes aquele artesão faz o artesanato que fica ali guardado e só será vendido quando alguém chegar à aldeia. Isso inviabiliza o desenvolvimento e o crescimento das artes dos povos indígenas, prejudicando uma interação sociocultural que tem o poder de debelar preconceitos, unir os povos e humanizar os corações que perderam a humanidade.

O parlamento municipal tem buscado nessa gestão apoiar artistas, artesãos e microempreendores, entre outros seguimentos da sociedade, oportunizando acesso aos seus espaços. Nesses seis primeiros meses já ocorreram mais de 20 exposições. Para Justino Malheiros, presidente do parlamento municipal. “Apoiar e incentivar a cultura popular e local é fundamental para o município, pois a cultura torna-nos mais humanos, mais compreensivos e mais tolerantes às diferenças, não há como pensar em uma sociedade justa sem que seja dado o devido valor às culturas de todos os povos, respeitando ao meio ambiente e por conseguinte a todos nós”.

Maria Aparecida trabalha com capim dourado e também será uma das expositoras, para ela: “o interessante e o que queremos é que as pessoas vejam nossos trabalhos e valorizem o artesanato, ninguém melhor que nós para falar de nossa história e nossa relação com a arte”, já para José Milton “a oportunidade que nós estamos tendo aqui é tão louvável, pois através disso poderá abrir muitas portas para gente, além disso teremos a chance de mostrar a história do artesanato por exemplo, muitas pessoas não a conhecem, por conta da indústria, que muitas vezes polui o meio ambiente. Nossa arte e nosso pensamento vai contra isso, buscamos oferecer um produto de qualidade, com história e que não agrida o meio ambiente.

Da esquerda à direita. Sônia Vieira, Raphael EkhiriuWina, Maria Aparecida, José Milton e Carlão Baquite
Secretaria de Comunicação

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