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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

"ARTIGO: Feedback: Esta ferramenta te gera medo?

O Feedback é uma ferramenta poderosa, que pode ser utilizada pelas pessoas com o objetivo de direcionar, reforçar e/ou corrigir comportamentos. Existe um estudo realizado pelo Coach, Mestre em Psicologia e Fundador do ICI - Integrated Coaching Institute: Rhandy di Stephano que diz que, se o Feedback for bem aplicado pelos líderes de uma empresa, os resultados das metas entre os colaboradores podem aumentar em até 125%. É um ótimo resultado não é mesmo? Talvez façamos até outra pergunta diante disso tudo: Por que mesmo sabendo da eficácia e resultados que esta ferramenta pode gerar às pessoas e empresas, ainda assim a maioria dos líderes tem dificuldades e/ou receio de fazê-lo? Para que compreendam um pouco mais sobre essa limitação e dificuldade que a maioria de nós enfrentamos, quero lembrar aqui de duas necessidades emocionais básicas do ser humano, que é a de ser reconhecido e a outra a de pertencimento, que outrora em artigos anteriores, cheguei a citar, são elas que nos movem e influenciam em nossas escolhas e decisões diárias. Diante disso, quero convidá-lo a fazer comigo uma reflexão e voltar um pouquinho a nossa infância, tempo no qual provavelmente podem ter sido gerados problemas de escassez nas duas necessidades emocionais citadas. Como por exemplo, aquele típico almoço na casa da tia, em que ela coloca a couve dentro do feijão, e a mãe na mesa junto com a criança ao encher a concha, ouve o grito da criança: - Nãããão! Eu não quer... (e antes de terminar a frase) Ai ai! - sente um belisquinho de baixo da mesa e ouve a mãe dizer: - Come tudo! A criança sem entender muito bem, tenta relutar mais uma vez, mas com uma expressão mais firme da mãe,finalmente fica em silêncio e come engolindo o mais rápido possível, e até sem mastigar para não sentir o gosto daquela couve que não gosta.
Este é um exemplo de muitas experiências que passamos na vida. Por meio dos nossos pais vamos aprendendo alguns comportamentos e posturas que nos guiarão e serão referência quando nos tornamos adultos, ações importantes para que aprendamos a conviver no coletivo.
Porém outros exemplos também acontecem, nos quais talvez vamos fixando internamente a importância de atender ao outro, pois fazer isso significa poder ser reconhecido e pertencer, suprindo uma necessidade emocional, quem aqui já não viu essa cena a seguir?
“ Se você não comer tudinho a mamãe vai ficar triste”.
“ Se você não for seu pai vai ficar chateado com você.”
Assim aquele comportamento de nos expressarmos com originalidade e de forma franca, começa a ser melhor pensado, e algumas vezes aprendemos que se falarmos o que não sentimos, muitas vezes o resultado será melhor, pois assim corremos menos riscos de sermos rejeitados ou de magoar alguém.
Compreendemos que nossos pais na melhor das intenções só querem que tenhamos mais facilidade de nos adaptarmos ao mundo, de termos facilidade de nos relacionar e de conviver em harmonia.
Porém, essas correções feitas, sem maiores argumentações e explicações acabam sendo levadas conosco para a vida adulta e para dentro da empresa, onde de repente, somos cobrados, questionados sobre algumas ações, sobre nossas opiniões e é neste momento que a nossa criança interior entra em conflito com o nosso EU Adulto.
“ Será que posso falar?” “ Será que se eu disser que não concordo com ele, ele não vai levar para o lado pessoal e ficar bravo comigo?” “Será que se eu falar minha ideia não corro o risco de ser perseguido e mandado embora?”
E o raciocínio inverso também ocorre da mesma forma.
“ Mas porque ele está falando que meu projeto está ruim?” “ O cara está querendo puxar meu tapete?” “ Eles estão falando isso de mim porque querem me derrubar.”
Este último exemplo mostra, que além da dificuldade de expressar o que sentimos, de dar um feedback de correção, também temos dificuldades em receber, em lidar com as observações contrárias que vem do outro, e assim, para evitar esses desconfortos com os quais não sabemos lidar, vamos criando o mundo das aparências, colocando nossos pontos de vista, se preciso for, debaixo do tapete em prol da “harmonia” e do coleguismo, e é neste momento que vamos nos mantendo insatisfeitos, deixando de contribuir para a evolução do outro e vedando o acesso ao outro para nos falar o que pensa, assim afastando cada vez mais a possibilidade de também evoluirmos, de corrigir alguns comportamentos inadequados; e assim vamos levando a vida (empurrando com a barriga).
Diante de tudo isso, nos deparamos com a preocupação de algumas empresas, que muitas vezes se encontram travadas, retraídas ou em um processo decrescente de evolução, porque conta com líderes e pessoas que não sabem e nem tem preparo para oferecer aos seus colaboradores um direcionamento sincero, uma correção verdadeira como também líderes com ampla dificuldade de receber uma pontuação ou feedback sobre um ponto a ser melhorado na postura deles, sem que interpretem isso como algo pessoal, sem se magoarem.
Assim aquele projeto que estava incompleto ou inadequado é aprovado em prol de não me sair mal com o meu colega, em prol do meu “chefe” não ficar chateado, e assim nos corredores da empresa há aquele desabafo típico:
- “Nada a ver aquele projeto, eles vão se ferrar!”-
- “Mas você falou alguma coisa?”
- “ Eu não!”
”E quando em futuro não distante, o tal projeto não gera resultados, fracassa, aparecem os profetas do passado na “rádio corredor”:“ Eu sabia! Não falei para você!”-
Este comportamento é um desserviço para qualquer pessoa que esteja envolvida no processo e principalmente para a empresa. Pois vimos que principalmente neste momento, na qual vivemos a Era do Conhecimento, o bem mais precioso que a empresa tem e precisa usar é o cérebro de sua equipe, porém se esta não entregá-lo de forma verdadeira, comprometida com o negócio, com respeito, sinceridade, confiança e segurança, com certeza levará a organização a danos muito sérios que terão impacto direto sobre as pessoas, que dependem e estão envolvidas no processo, incluindo os colaboradores e clientes.
Compreender esta crença limitante, que nos faz adiar aquela conversa com o nosso líder, com o nosso colaborador, com a equipe, nos possibilita insigths que podem nos ajudar a repensar nossos comportamentos, e a nos questionar:
“ É ESTA REALIDADE ARTIFICIAL QUE EU QUERO CRIAR?”
“O QUANTO TENHO SIDO SINCERO E VERDADEIRO COMIGO MESMO EM PRIMEIRO LUGAR?”
A partir daí posso pensar sobre:
“ Onde estou falhando?”
“ O que preciso melhorar?”
“ O que preciso aprender através deste feedback que estou recebendo agora?”
Quando consigo me colocar neste ponto, estou em processo de evolução e no caminho de poder contribuir, de apoiar o outro a compreender que uma nova crença pode ser construída a partir daqui, a crença de que ter a oportunidade de viver cada segundo desta vida como um presente, mesmo quando caímos, fracassamos ou nos decepcionamos é um GRANDE FEEDBACK, e é este o GRANDE PRESENTE capaz de nos transformar e com a habilidade certa, atuamos como facilitadores deste processo na vida do outro.
Assim o Feedback deixa de ser bronca, e passa a ser PRESENTE, presente no presente, diariamente, a cada minuto, através da vida, das experiências...
Assim não existe FRACASSO, não existe ERRO, existe Feedback, existe aprendizado, se pudermos superar a CRENÇA de que para sermos reconhecidos, para pertencermos temos que sempre agradar, sermos perfeito, quase como um super-herói, passaremos a entender que somos humanos, imperfeitos e limitados, que precisamos do olhar de fora do outro, pois isso pode contribuir para que nos tornemos uma pessoa melhor, e que também o inverso aconteça, ou seja, a liberdade de dar feedback para outras pessoas, criando assim um circulo de crescimento, evolução e abundância.

Cynthia Lemos é Psicóloga Empresarial e Coach na Grandy Desenvolvimento Humano. Especialista no Desenvolvimento de Líderes e Empresas tem a missão de: Expandir a Consciência e Gerar Ações Transformadoras – para pessoas e empresas que desejam evoluir em seus projetos e objetivos. Email: cynthia@grandy.com.br

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