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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

"Líderes mundiais reagem a vitória de Merkel e ascensão de populistas"

Merkel e Macron, presidente da FrançaEnquanto uma série de políticos felicita a chanceler federal alemã pela conquista de seu quarto mandato e projeta uma Europa mais unida, nacionalistas de direita europeus celebram entrada da AfD no Parlamento. Após a confirmação da vitória da União Democrata Cristã (CDU) na eleição legislativa da Alemanha, líderes mundiais felicitaram a chanceler federal alemã, Angela Merkel, pelo êxito nas urnas. Por outro lado, a entrada inédita da legenda populista Alternativa para a Alemanha (AfD) no Bundestag (Parlamento alemão) também foi saudada por líderes de partidos nacionalistas da Europa.
Com a promessa de que os dois principais parceiros europeus manteriam sua "cooperação essencial", o presidente da França, Emmanuel Macron, liderou no domingo (24/09) os elogios à Merkel, que assegurou seu quarto mandato de chanceler federal da Alemanha. "Liguei para Angela Merkel para felicitá-la. Continuaremos nossa cooperação essencial com determinação para a Europa e para nossos países", disse Macron a seus seguidores no Twitter. O presidente francês não tem poupado esforços, desde a sua eleição em maio, para renovar um forte vínculo entre Paris e Berlim, com a ambição de "reconstruir" a Europa após o abalo causado pelo Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, afirmou que a reeleição de Merkel servirá para promover o "projeto de integração europeia". Num telegrama enviado à chancelaria federal alemã, Rajoy felicitou Merkel pelos "excelentes resultados", depois que os democrata-cristãos – ao lado da legenda irmã União Social Cristã (CSU), da Baviera – alcançaram 33% dos votos. "A Europa no seu conjunto necessita de uma Alemanha comprometida com o reforço da UE, fonte primordial de bem-estar dos nossos cidadãos", escreveu o premiê espanhol. Segundo Rajoy, os alemães renovaram com o seu voto o apoio à gestão de Merkel e a confiança no "legado que merecem" as gerações presentes e futuras: "Uma Europa forte, unida, competitiva, solidária e próspera". O presidente do Parlamento Europeu, o italiano Antonio Tajani, também felicitou Merkel. "A Alemanha se mantém comprometida com os ideais europeus", destacou através da rede social Twitter. "Agora vamos trabalhar juntos para reformar a Europa", acrescentou. O presidente do grupo parlamentar do Partido Popular Europeu (PPE), o alemão Manfred Weber, afirmou que os eleitores alemães "deram aos vencedores das eleições, a CDU e a CSU, um claro mandato para governar". O PPE é o maior partido de âmbito europeu. Segundo Weber, Merkel "representa o êxito e a estabilidade", e com ela "a Alemanha continua a ser um parceiro forte e de confiança para a Europa". O líder dos liberais no Parlamento Europeu, Guy Verhofstadt, também felicitou a chanceler, dizendo: "Espero que Merkel forme agora um governo pró-europeu que impulsione as reformas de que a União Europeia necessita urgentemente." O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, manifestou esperança em "trabalhar bem" com Merkel e a felicitou pelas eleições. Já o ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Didier Reynders, mostrou-se "preocupado" pela votação alcançada pela legenda populista de direita AfD. "É chegado o momento de pôr em marcha reformas concretas na União Europeia", defendeu. O comissário para Economia e Finanças da UE, Pierre Moscovici, também destacou o resultado alcançado pelos nacionalistas alemães. "A entrada da AfD no Bundestag é um choque grande e revela sem rodeios dúvidas na sociedade", escreveu. Ele ressaltou, porém, que "a democracia alemã do pós-Guerra é forte e que não há nenhuma conexão com 1933", em referência ao ano em que o Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores (NSDAP), de Adolf Hitler, assumiu o poder.
Populistas celebram resultado da AfD
Líderes de outros partidos populistas de direita da Europa aproveitaram para felicitar seus homólogos alemães. "Bravo aos nossos aliados da AfD para este resultado histórico! É um novo símbolo do despertar das pessoas da Europa", disse a líder da francesa Frente Nacional, Marine Le Pen.
O líder populista de direita da Holanda, Geert Wilders, classificou a popularidade de cada um dos principais partidos anti-imigração na Europa em mensagem em seu Twitter, logo depois da divulgação dos primeiros resultados da eleição federal alemã. Ao destacar a AfD, que acabou como o terceiro partido mais votado na Alemanha, e seu Partido da Liberdade (PVV), que ficou em segundo lugar na eleição holandesa de abril, Wilders acrescentou: "A mensagem é clara. Não somos nações islâmicas."
Enquanto isso, o líder do partido populista italiano Liga Norte, Matteo Salvini, saudou o crescimento da AfD salientando que "o desejo de mudança está crescendo". Sem esconder sua satisfação com o declínio nas urnas de Merkel, o ex-ministro das Finanças da Grécia Yanis Varoufakis insinuou que o resultados da eleição legislativa da Alemanha estão conectados ao papel desempenhado pelos líderes alemães na crise da dívida da Grécia. "Em 2015, Merkel e Gabriel [Sigmar Gabriel, na época ministro da Economia e atualmente ministro do Exterior] destruíram juntos a primavera grega, enquanto praticavam o socialismo para banqueiros. Agora eles estão surpresos com os resultados?", indagou o economista, que renunciou o cargo no governo de Atenas naquele ano. Varoufakis acrescentou que "CDU, CSU e SPD colheram o que eles semearam". O Partido Social-Democrata (SPD) sofreu sua maior derrota desde a Segunda Guerra, com apenas 20,5% dos votos, baixando mais de 5 pontos percentuais em relação às eleições de 2013. A queda da CDU foi ainda maior: de 41,5%, em 2013, para 33% em 2017.
PV/efe/lusa/rtr/ap/afp/cp

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