
Focus – Garimpeiros teriam matado membros de tribo isolada na Amazônia, 12/09/2017
Um grupo de garimpeiros aparentemente matou vários membros de uma tribo indígena que vive isolada da civilização na Floresta Amazônica e, em seguida, os esquartejou. Como relatou o New York Times, vários homens teriam sido ouvidos em um bar perto da fronteira colombiana quando se gabavam do banho de sangue diante de outras pessoas. Os garimpeiros teriam matado um total de dez membros da tribo indígena. Como uma suposta justificativa, os homens alegaram ter apenas se defendido: se eles não tivessem matado os indígenas, teriam sido mortos por eles, de acordo com suas próprias declarações. A autoridade brasileira Funai, responsável pelos interesses da população indígena do país, já denunciou o caso ao Ministério Público. Se as acusações contra os garimpeiros forem confirmadas, o massacre seria o último incidente de uma série de crimes contra os nativos da Floresta Amazônica. Uma integrante da Funai comentou no New York Times o papel dos políticos nesses casos. "Este novo massacre é devido ao fracasso do governo brasileiro em proteger as tribos isoladas – o que deveria ser garantido pela Constituição."
Die Tageszeitung – Um tema altamente complexo, 07/09/2017
A suspeita já existia há muito tempo, graças às investigações francesas. Na terça-feira, o judiciário brasileiro determinou uma grande operação para apuração de um grande escândalo de corrupção em torno da decisão olímpica a favor do Rio de Janeiro. Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público realizaram buscas em vários apartamentos e escritórios, incluindo o Comitê Olímpico Brasileiro. Para conseguir os Jogos em 2016, funcionários esportivos e empresários brasileiros teriam subornado vários membros do COI, principalmente da África. Carlos Arthur Nuzman, organizador-chefe dos últimos Jogos Olímpicos e presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, foi levado para interrogatório e teve que entregar seu passaporte. De acordo com os investigadores, ele seria o vínculo entre os doadores e os destinatários do suborno. Dois milhões de dólares teriam sido pagos só para o filho do membro senegalês do COI, Lamine Diack, que por muitos anos também presidiu a Federação Internacional de Atletismo. As revelações do escândalo olímpico mostram, segundo o Ministério Público, que a organização criminosa do ex-governador Sérgio Cabral operava um "esquema de corrupção internacional altamente complexo". Isso não é uma surpresa para a já sofredora população do Rio. Desde o final das Olimpíadas, há mais de um ano, ela paga a fatura de um evento esportivo que, apesar das falhas nos preparativos, transcorreu bastante bem, mas que não era realmente desejado por ninguém. O boom de obras, que deu muitos empregos, já passou há muito tempo. Agora, a cidade e o estado do Rio de Janeiro estão falidos. Os professores, policiais e outros funcionários públicos têm que esperar meses por seus salários. Alguns hospitais e universidades quase não conseguem funcionar.
MD/ots/cp
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