
Urânio e plutônio
Um desses caminhos seria uma bomba de urânio. O Irã tem duas instalações para enriquecimento de urânio: Natanz e Fordow. Com o acordo, ficou proibido o enriquecimento de urânio em Fordow por 15 anos. Já em Natanz, o uso de centrífugas ficou limitado a 5 mil por uma década – antes do pacto, eram 20 mil. As centrífugas permitidas são as mais antigas e menos eficientes. O Irã também aceitou, por 15 anos, reduzir suas reservas de urânio em 98%, para 300 quilos. A quantidade não é suficiente para produzir uma única bomba atômica. Antes do acordo, estimava-se que Teerã tinha capacidade de produzir dez. Os iranianos também concordaram em limitar o enriquecimento de urânio a 3,67%, bem abaixo dos 90% necessários para uma arma nuclear. Mais de 11 toneladas de urânio de baixo enriquecimento foram enviadas à Rússia. Outro caminho do Irã para uma bomba nuclear era através do plutônio produzido no reator nuclear de água pesada de Arak. Com o acordo, o reator foi alterado de modo a não produzir plutônio ao nível necessário para uma arma atômica. Bastões de combustível nuclear foram enviados para fora do país. Por 15 anos, o Irã ficou proibido de construir um reator nuclear de água pesada ou vender para outros países qualquer água pesada em excesso que não seja necessária para ser usada para fins pacíficos em Arak. O acordo prevê um regime de monitoramento, verificação e inspeção extenso, levado a cabo pela IAEA, uma agência que presta contas às Nações Unidas. Isso permite aos inspetores identificar se o Irã está desenvolvendo armas atômicas de forma secreta. Se suspeitar de qualquer atividade encoberta, a IAEA tem, com base no pacto, o direito de ter acesso dentro de 24 dias a qualquer lugar, incluindo instalações militares, se a maioria dos signatários estiver de acordo.
Chase Winter/cp
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