
Pedidos para mudar a Constituição, que foi escrita e imposta pelos americanos em 1946, têm se tornado mais frequentes no últimos anos e ganharam ainda mais força com as recentes ameaças da Coreia do Norte. Muitos japoneses acreditam que a carta magna está defasada e não reflete as atuais circunstâncias geopolíticas.Uma pesquisa de opinião pública conduzida pela agência de notícias Kyodo News, poucos dias antes do 70° aniversário da Constituição, mostrou que 49% dos entrevistados acreditavam que o artigo precisa ser reformado, superando os 47% que se opõem a qualquer mudança. Quando Abe assumiu o cargo, em dezembro de 2012, 51% da população eram contra tal mudança constitucional, e 45% a favor. A vitória permitirá a Abe manter-se na chefia do governo até 2021, se conquistar também a presidência do Partido Liberal Democrata no próximo verão. O envolvimento em escândalos de favorecimento ilícito afetou a popularidade do primeiro-ministro, exemplificada na derrota histórica do partido nas eleições de Tóquio, em julho, perante a legenda da carismática governadora Yuriko Koike. Diante de tal cenário, Abe, de 63 anos, decidiu dissolver a Câmara dos Deputados mais de um ano antes da data prevista para o escrutínio. Cem milhões de eleitores foram chamados a renovar as 465 cadeiras da Casa.
RPR/rtr/afp/cp
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