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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

"Nelson Santana Nunes, uma jornada tributária"

Ainda sem saber o que falar, Nelson Santana Nunes senta na cadeira lentamente com a cabeça cheia de dúvidas e sem muitas respostas, isso pelos próximos 2 minutos porque depois em diante... É o ano de 1981. Aos 25 anos de idade, Nelson cursava administração na Universidade Federal de Mato Grosso. Era um aluno empenhado e bastante envolvido nas causas universitárias: foi presidente do centro acadêmico e também monitor universitário de seu curso. Aliás, o seu comprometimento acadêmico foi à porta de entrada para o funcionalismo público. A convite de seu professor, qual prestava consultoria para o órgão fazendário da época, Nelson assumiu o posto de estagiário durante 1 ano e meio, sob orientação do docente, e, logo então, foi contratado para gerir a implantação das mudanças indicadas pelo seu tutor. Aos 23 anos, já graduado em Administração, Nelson chegava ao comando do setor de Fiscalização Tributária por onde atuou alguns anos até ganhar a estabilidade do cargo público, direito constitucional da época. Entre as trocas de governos e suas mudanças políticas, Nelson foi parar no município de Diamantino, região Oeste de Mato Grosso, em meio a um convênio entre prefeituras. Essa fase de sua vida é definida, pelo próprio, com uma das expressões brasileiras mais populares: “juntou a fome com a vontade de comer”. Isso porque sua esposa trabalhava, na época, em uma agência do Banco do Brasil do município e a transferência lhe proporcionaria maior proximidade, ausente, até então. Os relatos do, atualmente, auditor fiscal da Prefeitura de Cuiabá são interrompidos pelo colega de trabalho e amigo Wilson Alves Diniz, também servidor da Secretaria Municipal de Fazenda. O papo foi futebol. Wilson é flamenguista e Nelson são-paulino. Ambos são amigos desde a infância. Jogaram futebol juntos. O colega até arriscou dizer que Nelson é “bom de bola”, como diz o jargão. Pelos risos, a amizade tem história. De volta à trajetória, já é meados de 1989, ano da consolidação como auditor fiscal, profissão qual atua até os dias atuais. Recém-aprovado no concurso, Nelson possui uma decisão na mão: permanecer em Diamantino ou voltar para Cuiabá e exercer a auditoria fiscal. Sua esposa já se encontrava de volta à capital. A escolha parecia um tanto obvia. Sobre a auditoria fiscal, Nelson relata que a evolução tecnológica e a modernização foram fundamentais para os avanços dos processos de fiscalização, inclusive ressalta a posição de Cuiabá como uma das principais capitais do Brasil com o maior índice de arrecadação de ISSQN per capita. A informação até trouxe à tona a velha rivalidade entre Cuiabá e Campo Grande. “Campo Grande há muito tempo tem tentado alcançar Cuiabá na questão de arrecadação de ISSQN, mas não consegue”, afirma com convicto. Nelson empolga. Começa a explicar crédito tributário, juros, multas, dívida ativa, tudo de forma sistemática e com propriedade impressionante adquirida ao longo dos anos que, mesmo soando “grego” aos ouvidos leigos, a compreensão é inevitável. Sobre a proposta de humanização dos serviços públicos do prefeito Emanuel Pinheiro, o auditor explica como é aplicar esse conceito na Secretaria Municipal de Fazenda. Na avaliação do tributarista, mesmo com o pragmatismo da exatidão dos números e suas obrigações legais é possível humanizar esse ramo do serviço público. Incentivos aos contribuintes mais carentes é o principal meio de humanizar, segundo Nelson. O auditor ainda afirma que a atual administração da Prefeitura de Cuiabá já concedeu a redução de algumas alíquotas como, por exemplo, o incentivo para o Distrito Industriário. Aos 36 anos de serviço público, Nelson ainda não pensa em aposentadoria. “Eu posso ficar aqui ainda algum tempo e poder contribuir”, comenta extremamente certeza. Porém, revela certo receio quanto a natural e famosa pergunta interna quando se trata de aposentadoria: e agora? “Vou aposentar e vou fazer o quê?”, questiona. De toda a uma vida de certeza e precisão com os números, marca de seu trabalho, a incerteza do que vem depois não é nada mais justo diante de toda a dedicada jornada funcional. Pai de um casal de filhos, o homem com 28 anos e a mulher com 27, Nelson costuma passar os finais de semana em meio à tranquilidade do campo quando vai para sua chácara junto com sua esposa, qual é casado há 29 anos.
Perfil
A proposta de valorização do servidor público da gestão Emanuel Pinheiro levou a idealização da série Perfil, qual é baseada no gênero literário do jornalismo (perfil) que possui características narrativas de um determinado personagem, no caso o servidor, com relatos de vidas e histórias, tanto da carreira funcional pública quanto pessoal. Deste modo, a cada semana o portal da prefeitura protagonizará um servidor e a sua história, pois uma gestão humanizada se trata, principalmente, da figura humana.

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